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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Maurice Monthier e Sua Grande Orquestra (1968)

Maurice Monthier, pseudônimo do maestro Ronald Monteiro, gravou vários álbuns na Odeon

Quando comprei este álbum do Maurice Monthier e sua grande orquestra, motivado especialmente pela música que abre o álbum - "Sayonara, sayonara", do III Festival Internacional da Canção (FIC) - imaginei que se tratava de maestro de origem francesa ligado ao Brasil, uma vez que o repertório inclui quatro canções nacionais: "Andança" (hit de Beth Carvalho), também do III FIC, "Eu já nem sei" (Wanderléa), "Sá Marina" (Wilson Simonal) e "Última canção" (Paulo Sérgio), sucessos de 1968. Hoje, ao fazer uma pesquisa na web para saber algo sobre o referido artista, descobri que se trata de pseudônimo do maestro Ronald Monteiro. Essa estratégia, de usar pseudônimo para encobrir a verdadeira identidade, não é novidade no mercado fonográfico. Consta, por exemplo, que Bob Fleming era o saxofonista Moacir Silva, assim como Severino Araújo liderava os "Românticos de Cuba". No caso do Maurice Monthier, a estratégia funcionou porque encontrei referências na rede de outros títulos do maestro numa série que tem, no mínimo, oito volumes. O segundo, pelo que pude ver, é de 1969, e tudo indica que este de 1968 abre a série. Confira:

01 - Sayonara, sayonara
..... ( Hachidal Nakamura e Mike Maki)
02 - Sá Marina
..... (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar
03 - Delilah
..... (Les Reed - Barry Mason)
04 - The music played (Was Ich Hier Sagen Will)
..... (U. Jurgens)
05 - Eu já nem sei
..... (Roberto Correa - Sylvio Son)
06 - The fool on the hill
..... (Lennon - McCartney)
07 - Le bruit des vagues (Murmura o mar)
..... (Romuald - Pascal Sevran - Serge Lebrali)
08 - Andança
..... (Danillo Caymmi - Edmundo Souto)
09 - Plus je t'entends (E piu ti amo)
..... (Alain Barrière - Paoli)
10 - Última canção
..... (Carlos Roberto)
11 - Don't go breaking my heart
..... (Burt Bacharach - Hal David)
12 - The good the bad and the ugly
..... (Morricone)

Antonio Aguillar será homenageado em São Paulo


O radialista Antonio Aguillar, o timoneiro da juventude, receberá o Trofeu Jornal do Brás no próximo 29 de maio por sua dedicação em prol da cultura. O evento, a partir das 13h00, acontecerá durante a comemoração do sexto aniversário da Tarde de Chá, evento idealizado por Milton George Thame, diretor-presidente do Jornal do Brás, em São Paulo. Trata-se de um ponto de encontro, realizado sempre na última terça-feira do mês, onde tudo é gratuito. Além do chá propriamente dito, o evento envolve show artístico, desfile de moda, gincanas, palestras em geral, serviço de atendimento médico e complementar, apresentação de novos produtos de empresas em telão, entre outros. A programação é totalmente voltada para o segmento feminino. Nesta terça-feira, 24, o show foi com o cantor Raimundo José. Na próxima, o homenageado comandará a apresentação, a partir das 15h00, do show da banda The Clevers, agora em sua terceira formação.

Aguillar, natural de São José do Rio Preto, em 18 de outubro de 1929, iniciou a carreira como repórter fotográfico no jornal O Estado de São Paulo na rua major Quedinho, antiga sede do Estadão. Lá, registrou e conservou os negativos dos melhores flagrantes, apresentados em sua exposição "Memórias da Cidade de São Paulo". Deixou o jornal em 1960 para trabalhar no rádio e televisão como comunicador. Trabalhou inicialmente na Rádio 9 de Julho dirigindo o Departamento de Jornalismo e, um ano depois, já estava na Rádio Excelsior de São Paulo (CBN hoje) como locutor comercial. Depois passou para a Rádio Nacional de S.Paulo com o programa "Ritmos para a Juventude", onde lançou muitos nomes dentro do movimento da musica jovem, e se mantém na ativa.

Ao longo desses seis anos, a Tarde de Chá já contou com as participações de Agnaldo Timóteo, Marly Marley e Ary Toledo, Perla, Cláudio Fontana, Nalva Aguiar, Ricardo Coração de Leão, Almir Rogério, Cláudya, Wanderley Cardoso, Cyro Aguiar, Sílvio Brito, Manuel Marcos (filho do cantor Antonio Marcos), Ângelo Máximo, Grupo Los Castillos, Nahim, Randaus, Márcio Mendes (Trio Los Angeles), Carlos Gonzaga, Geraldo Nunes, Irmãs Volpi, Marcos Roberto, Fred Rovella, Ovelha, Benito Di Paula, Osmar Santos, Mamma & Brothers, Shirley Carvalho, Ary Sanches, Adriano Barbiero, Suely Pingo de Ouro, Orlando Alvarado e outros.

SERVIÇO:

Evento: Tarde de Chá
Data: 29 de maio de 2012
Horário: A partir das 13h00
Local: Clube Independência
Endereço: Rua Dr.Carlos Botelho, 466 - Brás - São Paulo
Informações: tardedecha@terra.com.br


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Vários intérpretes - 12 Sucessos Originais (1981)

Álbum do selo Copacabana reúne sucessos de 1981 de grandes artistas populares

Serei rápido na postagem, mesmo porque não há muito o que escrever a respeito deste LP, 12 Sucessos Originais, lançado em 1981 pela Copacabana. A coletânea reúne repertório comercial, bem popular, comandado por cantores como Paulo Sérgio, Wanderley Cardoso, Waldirene, Ângelo Máximo, Marcos Roberto, Gretchen e outros. Confira:

01 - Marcos Roberto - Última carta
..... (Marcos Roberto - Vicente Dias)
02 - Sueli - Coração que dói e dói
..... (Solevante - Soleny)
03 - Paulo Sérgio - O que mais você quer de mim
..... (Meirecler - Manoel Ponto)
04 - Filomena - Eu não posso viver sem você (Gonna get along without you now)
..... (Milton Kellern - vs: Clovis Mello)
05 - Ismael Carlos - Fofoqueira
..... (Ismael Carlos - Carlos Alexandre)
06 - Gretchen - Boogie boogie
..... (Santiago "Sam" Malnati)
07 - Ângelo Máximo - Você quis subir na vida (Menina Moça)
..... (Gabino - Sebastião F. da Silva)
08 - Wanderley Cardoso - Caso de emergência
..... (Geraldo Nunes - Antonio Queiroz)
09 - Waldirene - Ama-me uma vez mais (Do that to me one more time)
..... (Toni Tennille - Vs: Santiago "Sam" Malnati)
10 - Kleber - A moto
..... (Kleber - Sheik)
11 - Célio Roberto - A noite do nosso amor
..... (Jack - Abel)
12 - Rodrigo - Seguindo você (Stumblin'in)
..... (Nicky Chinn - Mike Chapman - VS: Enoque Gomes)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Êxitos do 3º Festival de MPB de Juiz de Fora (1970)

Compacto duplo da Odeon se destaca pela música "Clara", defendida pela cantora Evinha

Quem é fã da Evinha, do Trio Esperança, vai gostar deste compacto duplo com participantes em 1970 do 3º Festival da Música Popular Brasileira de Juiz de Fora, em Minas Gerais. O disco traz a música "Clara", de Arthur Verocal e Paulinho Tapajós, defendida por Evinha, segunda colocada no festival. Desconfio que essa canção não foi incluída em outros discos da cantora. Me corrija, por favor, se eu estiver enganado.

Este é apenas um dos destaques deste EP, que comprei sem a capa original. A foto acima é apenas ilustrativa, baseada na original que encontrei na rede e se encontra na pasta. O outro destaque é Guarabyra, que interpreta "Velhas histórias", defendida em Juiz de Fora pelo grupo O Terço. Venceu o festival e representou um "bis" para Guarabyra e Renato Corrêa, autores da música, que ganharam ao lado Danilo Caymmi a edição anterior do evento com "Casaco marrom". O disco traz, como curiosidade, Clara Nunes antes da fama, com "Garôa de subúrbio", de Cesar Costa Filho e Aldir Blanc. Por fim, Carlos Imperial e A Turma da Pesada encerram o disco com "Portela", de Imperial e Ângelo Antonio. Confira:

01 - Guttemberg Guarabyra - Velhas histórias
..... (Guttemberg Guarabyra - Renato Corrêa)
02 - Eva - Clara
..... (Arthur Verocal - Paulinho Tapajós)
03 - Clara Nunes - Garôa de subúrbio
..... (Cesar Costa Filho - Aldir Blanc)
04 - Carlos Imperial e A Turma da Pesada - Portela
..... (Carlos Imperial - Ângelo Antonio)

terça-feira, 24 de abril de 2012

The Mamas & The Papas - Rare tracks (1994)

Grupo fez sucesso e se destacou pela bela harmonização vocal entre seus integrantes

Um grupo vocal que até hoje me encanta é, sem dúvida, o norte-americano The Mamas & The Papas. Canções como “Monday, Monday”, "California Dreamin'", "Dancing in the Street", "Words Of Love" e "Dedicated To The One I Love", entre outras, ainda são deliciosas de ouvir. Por isso mesmo, foi uma das únicas bandas dos EUA a conseguir manter o sucesso e a competir com a Invasão Britânica no cenário musical internacional. O grupo gravou e se apresentou de 1965 a 1968, lançando cinco álbuns e deixando um legado de dez sucessos entre os compactos mais vendidos. Este CD, lançado no Brasil pela Movieplay em 1994, reúne faixas raras do grupo, mas infelizmente não traz informações detalhadas sobre as mesmas.

O grupo foi formado em Nova Iorque, Estados Unidos, nos anos 1960, por John Phillips (responsável pelas composições do grupo), Michelle Phillips, 'Mama' Cass Elliot e Denny Doherty. O sucesso do grupo se deve principalmente pelas belas harmonizações vocais, e também ao acompanhamento de seus discos em estúdio por músicos profissionais. Em 1966, o grupo lançou seu primeiro álbum, "If You Can Believe Your Eyes and Ears" (veja foto abaixo), que trazia dois dos seus maiores sucessos, "California Dreamin" e "Monday, Monday", e atingiu o primeiro lugar nas paradas americanas. Em 2003, a revista especializada em música Rolling Stone listou este álbum na 127ª posição entre os 500 melhores de todos os tempos.

Problemas de relacionamento entre os integrantes decretaram o fim da primeira e principal formação. John Phillips era casado com Michelle Gillian desde 1962. Ela, por sua vez, teria mantido romance com Denny Doherty, o principal vocalista, e posteriormente com Gene Clark, do grupo The Byrds. Michelle acabou afastada do grupo em 1966 e entrou Jill Gibson no seu lugar, mas os fãs não a aceitaram muito bem, e o grupo aceitou Michelle de volta ainda em 1966. John e Michelle acabaram se reconciliando pouco tempo depois. Em 1967, após uma discussão com John Phillips, Mama Cass abandonou o grupo e só uniu-se novamente um ano mais tarde para gravação do último álbum por exigência contratual.

John Philips tornou-se produtor cinematográfico, Michelle Gillian (de quem se divorciou) começou carreira de atriz. Denny Doherty e Cass Elliot lançaram discos solo, mas foi ela que conseguiu maior destaque, e fez sucesso com as canções "Make Your Own Kind of Music", "Dream a Little Dream of Me" e "It's Getting Better". "Mama" Cass Elliot (Ellen Naomi Cohen) morreu de ataque do coração em 29 de julho de 1974, após se apresentar em shows solo em Londres. John Philips também morreu de problemas cardíacos em 18 de março de 2001. Denny Doherty morreu em 19 de janeiro de 2007, aparentemente por causa do aneurisma abdominal, nunca curado. Acabou por Michelle ser a única sobrevivente da formação original do inesquecível The Mamas & The Papas. Confira:

01 - For the love of Ivy
..... (John Phillips - D.Doherty))
02 - Midnight voyage
..... (John Phillips)
03 - People like us
..... (John Phillips)
04 - Hey girl
..... (John Phillips - Michele Phillips)
05 - Boys and girls together
..... (John Phillips)
06 - Frustation
..... (John Phillips)
07 - Glad to be unhappy
..... (H. Rodgers - L. Hart)
08 - Step out
..... (John Phillips)
09 - John's music box
..... (John Phillips)
10 - *California Heartquake
..... (John Phillips)
11 - *A song that never comes
..... (Cashman - Pistilli - West)
12 - *Move in a little closer, baby
..... (O'Conner - Capitanelli)
13 - **Mississipi
..... (John Phillips)

* Mama Cass
** John Phillips

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Marco Aurélio - Compacto duplo Copacabana - 1962

Marco Aurélio, já falecido, foi casado com a cantora Silvana, hoje afastada do disco

Nunca parei para ouvir Marco Aurélio. Sempre soube que foi casado com a cantora Silvana, dona de voz bonita e poderosa, mas confesso que nada sei sobre sua carreira e discografia. As referências sobre ele na internet também são mínimas, e sempre são associadas ao casamento com Silvana. Pra complicar a pesquisa, o artista tem um homônimo, igualmente cantor, dedicado ao gospel. Enfim, quando encontrei este EP num sebo, achei que era o momento de ouvi-lo. Canta e interpreta muito bem, como boa parte dos cantores de balada, bolero e samba canção da época (início dos anos 1960), mas não é o estilo de música que gosto de ouvir, apesar de reconhecer os méritos do intérprete. O EP não traz impresso o ano do lançamento, mas a gravadora anuncia no verso da capa "seis grandes lançamentos em compacto". Pela relação, considerando os artistas e repertório, este disco é de 1962. Portanto, está completando 50 anos.

O curioso, entre os lançamentos da Copacabana, é o EP da Silvana & Rinaldo Calheiros, cuja história vale a pena contar. O casal de cantores se encontrou no ‘Almoço com as estrêlas’, programa de Ayrton & Lolita Rodrigues pela TV Tupi-SP, campeão de audiência dos sábados a partir das 12 horas. Rinaldo estava afônico e pediu sua ajuda pois não alcançava as notas mais altas. Cantaram e agradaram, repetindo o feito na semana seguinte. Uma semana mais tarde estavam em estúdio para gravar o compacto anunciado pela gravadora nesse disco do Marco Aurélio. O fato é que o compacto da dupla fez sucesso esmagador, e logo foi ‘transformado’ no LP entitulado ‘Ouvindo-te com amor’, adicionando-se aí canções gravadas anteriormente em separado.

Apesar de o público achar que Silvana & Rinaldo eram namorados, na verdade sempre foram dois bons amigos e profissionais. Foi durante uma apresentação no programa ‘Vitróla Mágica’, de Enzo de Almeida Passos, pela Radio Bandeirantes de S.Paulo, que Silvana conheceu o cantor Marco Aurélio. Entre namoro, noivado e casamento foram apenas 18 meses. O casal chegou a gravar em dupla, mas não obteve o mesmo êxito da dupla Silvana & Rinaldo. Pra quem, como eu, nunca ouviu Marco Aurélio, aqui está a oportunidade. Aproveite:

01 - Duas juras
..... (Antonio Bruno)
02 - De um tudo... um nada
..... (Ofelia Leite)
03 - Sou de alguém
..... (Gomes Cardim)
04 - Ó vento
..... (Waldyr Santos - Antonio Marcos)

domingo, 22 de abril de 2012

Beagá Band´s - Legal! (LP Paladium - 1967/68)

Grandes sucessos dos anos 1960, como músicas dos Beatles, estão neste álbum

Taí um sanduba musical delicioso pra quem gosta de instrumentais. Desta vez, mais um álbum da Paladium, representada pelo grupo Beagá Band´s. Já dá pra notar que se trata de conjunto formado por artistas da capital mineira, Belo Horizonte. Como sempre, a Paladium peca pela falta da ficha técnica, mas o fato é plenamente compreensível se considerarmos que a gravadora não estava em busca de cast, razão pela qual não tinha artistas contratados e nem investia na carreira dos mesmos. Os discos do selo eram vendidos pelo sistema porta a porta, geralmente em box com seis álbuns que não informavam o ano da produção. Este LP, pelo repertório, foi lançado entre 1967/1968.

A estratégia da gravadora, como bem divulga nosso amigo Augusto, do blog Toque Musical, era produzir em cima do que já era conhecido pelo público. Ou seja, o negócio era vender música e estilos musicais conhecidos. Para isso, criavam grupos e orquestras fictícias, nomes que só existiam para dar uma certa identidade ao disco, e recrutavam os músicos pelo sistema de freela. Podemos dizer que o selo Paladium foi o maior produtor fonográfico de 'covers', ou pelo menos o único exclusivo. No presente álbum - "Legal!", título que posteriormente seria usado por Gal Costa num LP - temos uma seleção musical essencialmente internacional, com destaque para duas do Lennon e McCartney, "Lucy in the sky with diamonds" e "Here there and everywhere". A única nacional é "Coração de papel", do Sérgio Reis. Vale a pena conferir:

01 - Lucy in the sky with diamonds
..... (Lennon - McCartney)
02 - L'amour est bleu
..... (A.Popp - P. Cour)
03 - Here there and everywhere
..... (Lennon - McCartney)
04 - Sweet heart tree
..... (H.Mancini - Johnny Mercer)
05 - Coração de papel
..... (Sérgio Reis)
06 - You only live twice
..... (Barry - Bricusse)
07 - A whiter shade of pale
..... (Reid - Brooker)
08 - The world we knew
..... (Kaempfert - Rehbein - Sigman)
09 - Silence is golden
..... (B.Crewe - B. Gaudio)
10 - Il profumo dell'elba
..... (Donida - Mogol)
11 - No milk today
..... (Graham - Gouldman)
12 - Don't sleep in the subway
..... (Frent - Hatch)

sábado, 21 de abril de 2012

Vários artistas - Rock and Boppin - Volume 5

Coletânea com 22 faixas tem o objetivo de apresentar o melhor do samba rock nacional

Faço este post com boa dose de interesse. Quando comprei este quinto volume da série "Rock and Boppin & Arquivo Especial apresentam o melhor do samba rock nacional", eu procurei pelos demais volumes porque gostei do repertório, recheado de raridades. Se o quinto volume reúne essas músicas, fico imaginando quais estão incluídas nos demais. A propósito, seriam cinco ou mais volumes? Eu até perguntei ao balconista da loja se os outros números estariam a venda, mas ninguém soube me informar porque se tratava de lote para queima de estoque. O exemplar que comprei era o único disponível.

Ficarei agradecido se alguém puder informar sobre esta série nos comentários. Melhor ainda será se puder também disponibilizar os demais volumes para postar aqui. Fico na torcida. Achei este muito legal, principalmente por encontrar "Fim de amor", com o Roberto Carlos. Infelizmente, apesar de apresentar áudio com qualidade aceitável, o arquivo tem a mesma distorção que encontramos nessa música em coletâneas na rede com as primeiras gravações do rei. Assim, achei legal colocar na pasta a versão que comprei no Mercado Livre, sem falhas no áudio. Em contrapartida, tem qualidade um pouco inferior. Deixo a escolha a critério de cada um. Confira:

01 - Guilherme Coutinho - Curtição
02 - Abilio Manoel - Rosa cor de rosa
03 - Elizabeth Viana - Meu guarda-chuva
04 - Copa 7 - Sabadá
05 - Ed Lincoln - O ganso
06 - Franco - O rock do rato
07 - Cléo Galante - Você vai ver que eu tenho razão
08 - Jorge Benjor - Os alquimistas estão chegando os alquimistas (ao vivo)
09 - Os Originais do Samba - A subida do morro
10 - Transamba - Esquidim dim
11 - Os Originais do Samba - Tenha fé, pois amanhã um lindo dia vai nascer
12 - Elizabeth Viana - Se você quiser, mas sem bronquear
13 - José Roberto - Crioula multicolorida
14 - Roberto Carlos - Fim de amor
15 - Golden Boys - Personality
16 - Trio Melodia - A cobra má
17 - Ciro Aguiar - Bernardine
18 - Erasmo Carlos - Estou dez anos atrasado
19 - Renato e seus Blue Caps - Não vá embora sem me dizer
20 - Som Três - Leonardo
21 - Jorge Benjor - Criola
22 - Jorge Benjor - Hino do Flamengo

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Agnaldo Timóteo canta Tim Maia (EP Odeon 1970)

Agnaldo Timóteo canta "These are the songs", música do segundo compacto do Tim Maia

Muita gente torce o nariz quando se fala em Agnaldo Timóteo. Eu mesmo tenho restrições em relação ao repertório, mas não posso deixar de admitir que é um grande intérprete e tem uma bonita voz. Se fosse ruim, não teria atravessado gerações, gravando regularmente seus discos. Lembrei-me deste EP, gravado por ele em 1970, quando estava produzindo o material da postagem anterior, o Tributo ao Rei, e me deparei com "Não vou ficar", composta por Tim Maia, hit de 1969. O disco traz "These are the songs", música do segundo disco - um compacto simples de 1968 na RGE - do "síndico", que também a gravou em dueto com Elis Regina em 1969. O registro do Timóteo é desconhecido, só incluído neste disco, e surpreende o fato de não ser citado no livro "Vale tudo", biografia do Tim Maia que Nelson Motta escreveu em 2006, pois foi feito na época em que Tim finalmente gravava seu primeiro LP, após longo período de penúria. Timóteo, ao lado de Roberto Carlos, Eduardo Araújo e Elis Regina, está na lista dos primeiros a gravar Tim Maia.

Agnaldo Timóteo nasceu no dia 16 de outubro de 1936 em Caratinga, Minas Gerais. Iniciou sua carreira cantando em programas de calouro na rádio local e em cidades como Governador Valadares e Belo Horizonte, onde se tornou conhecido como o “Cauby mineiro". No ano de 1960, começou se apresentando em shows de calouros e circos no interior de Minas Gerais até ir para o Rio de Janeiro. Lá, conseguiu emprego como motorista da já renomada cantora Ângela Maria. Foi ela quem lhe abriu as portas da gravadora Emi-Odeon, onde em 1965 debutaria no disco com o LP “Surge um Astro”. Desde então, não parou mais. O primeiro grande hit foi "Meu Grito", de Roberto Carlos, na qual explora todo o seu vozeirão. Depois disso vieram vários sucessos românticos, como "Ave-Maria", "Mamãe" e "Os Verdes Campos De Minha Terra', entre tantos outros. Gravou mais de 50 discos, inclusive no exterior, onde já se apresentou em inúmeros países. Iniciou sua atuação como político a partir de 1982 no PDT e atualmente é vereador em São Paulo. Confira o disco:

01 - Vergonha de mim
..... (Silvio Cesar)
02 - Fumaça nos olhos (Smoke gets in your eyes)
..... (Jerome Kern - Otto Harbach - vs: Nazareno de Brito)
03 - These are the songs (Esta é a canção)
..... (Tim Maia)
04 - Eu, tu, nós (Toi, moi... nous)
..... (Jean Renard - vs: Geraldo Figueiredo)


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Vários intérpretes - Tributo ao rei (Roberto Carlos)

Coletânea reúne 15 canções consideradas essenciais na obra e arte do Roberto Carlos

Hoje, 19 de abril, é aniversário do Roberto Carlos, que chega - com a graça de Deus - aos 71 anos. Achei que deveria lembrar a data com uma postagem especial. Procurei por uma reportagem que li no portal da Rede Globo, intitulada "Ouça 15 músicas essenciais para entender a obra de Roberto Carlos", e achei interessante reuni-las na interpretação de outros artistas. O homenageado encerra a seleção - não por acaso - com "Amigo", na qual homenageia o parceiro Erasmo Carlos, com quem divide autoria de boa parte do repertório. São canções consideradas essenciais na obra do rei. A seleção não foi baseada em critérios técnicos, mas sim relacionadas a fatos marcantes da trajetória do artista, cuja voz foi ouvida publicamente pela primeira vez em uma manhã de domingo, em outubro de 1950, num programa de rádio em sua cidade natal, Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Mas foi quase uma década depois que ele começou a conquistar os ouvidos do público e da crítica por meio de canções que se tornaram clássicas. Os comentários abaixo sobre cada música são do portal G1. Confira:

01 - Cássia Eller - “Parei na contra-mão”

1963. É a primeira composição de Roberto Carlos e Erasmo juntos e também a estreia do cantor no tema velocidade, assunto que seria bastante abordado em sua obra nos anos seguintes.

02 - Skank - “É proibido fumar”

1964. Faz parte do terceiro disco de Roberto Carlos, com o mesmo nome. Nessa época, o Rei passou a dirigir as próprias gravações, escolhendo os músicos que tocariam com ele.

03 - Erasmo Carlos e Caetano Veloso - “Quero que vá tudo pro inferno”

1965. A música nasceu numa noite fria de junho de 1965, em Osasco, nos bastidores do cinema Rex, onde Roberto participaria de um show com outros artistas da música jovem da época.

04 - Tony Platão - “Namoradinha de um amigo meu”

1966. Composta inicialmente para os Beatniks, banda de palco do programa "Jovem Guarda". A música foi prometida por Roberto Carlos para ser o primeiro single do grupo. No entanto, o empresário do cantor na época achou o tema provocador e decidiu incluir a faixa no nono álbum de Roberto.

05 - Wilson Simonal - “Se você pensa”

1968. Na letra, Roberto diz: "Daqui pra frente, tudo vai ser diferente / você tem que aprender a ser gente / e o seu orgulho não vale nada". O desabafo dispensa apresentações.

06 - Kid Abelha - “Não vou ficar”

1969. Além de escrever suas próprias canções, o Rei também fez algumas versões que se tornaram muito famosas em sua voz. Esta é cortesia de Tim Maia, que foi seu companheiro no conjunto Os Sputniks no final dos anos 50.

07 - Wanderléa (c/part. esp. de Dudu Braga) - “Todos estão surdos”

1971. Composta em parceria com Erasmo Carlos, a música encerra a fase rock-soul de Roberto. Aqui ele expõe ideias de religiosidade, tema que aparece com frequência na obra do Rei, em canções como "Jesus Cristo" e "Nossa Senhora".

08 - Penélope - “Você não serve pra mim”

1967. A composição é de Renato Barros, um dos fundadores do grupo Renato e seus Blue Caps, do qual Erasmo Carlos fez parte no início dos anos 60. A banda acompanhou Roberto Carlos nas gravações de “Splish splash” e “Parei na contramão”.

09 - Roberta Miranda - “Eu te amo, te amo, te amo”

1968. "Cartas já não adiantam mais / quero ouvir a sua voz", diz a letra da música composta por Roberto em parceria com Erasmo Carlos. É considerada uma das maiores canções de amor da dupla.

10 - Teresa Cristina & Os Outros - “Como dois e dois”

1971. Caetano Veloso, autor da canção, conheceu Roberto Carlos pessoalmente na época do exílio, quando morava fora do Brasil. De Roberto, Caê gravou "Debaixo dos caracois dos seus cabelos".

11 - Elis Regina - “As curvas da estrada de Santos”

1969. A música foi interpretada por Elis Regina no Canecão em 1970. Erasmo Carlos foi conferir e chorou de emoção. O fato marcou o fim da rivalidade entre artistas da Jovem Guarda e da chamada MPB.
Nota do blog: Elis liderou passeata em São Paulo contra o uso da guitarra na MPB.

12 - Gal Costa - “Sua estupidez”

1969. Mais uma canção romântica assinada pela dupla Roberto e Erasmo Carlos. A música fez sucesso na voz de Gal Costa.

13 - Sonia Melo - “Detalhes”

1971. Verdadeiro clássico do cancioneiro de Roberto e Erasmo Carlos. A canção, reza a lenda, foi feita para Magda Fonseca, namorada de Roberto na época.

14 - Maria Bethânia - “As canções que você fez pra mim”

1968. Incluída no repertório do álbum "O inimitável", a música foi inspirada em um caso do amigo e companheiro de banda Dedé, que fora dispensado pela namorada, a cantora e compositora Martinha. Segundo relatos, ela ficou sensibilizada, mas não voltou atrás.

15 - Roberto Carlos - “Amigo” (1977)

1977. Canção feita por Roberto em homenagem ao parceiro Erasmo Carlos. A letra foi escrita na noite de aniversário do Rei e concluída num hotel em Los Angeles. A gravação marcou os 10 anos da retomada da amizade entre os dois músicos.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Deny e Dino - Singles & Raridades (1971-1982)

Coletânea traz gravações feitas nos selos Odeon, Sinter, Top Tape, Continental e Tapecar

Esta coletânea do Deny e Dino, dupla vocal formada por José Rodrigues Da Silva (o Deny) e Décio Scarpelli (o Dino), contempla as gravações feitas a partir de 1971, último ano da dupla no cast da gravadora Odeon, onde surgiu em 1966, no auge da Jovem Guarda. São 26 gravações extraídas de oito compactos simples, dois duplos e de um LP de coletânea, "A juventude", de 1970, que baixei no blog "Arquivo do Samba Rock". São deste álbum as músicas "A rosa" e "Vende-se", incluídas no post como bônus, assim como "Pombinha branca" e "Não ligue para o que ele diz" (de um compacto duplo de 1976) e "Apenas uma vez" e "É cedo ainda", de outro EP, lançado em 1979 pela Tapecar. As quatro músicas são do acervo do amigo Aderaldo, lá da Comunidade MC & JG, a quem agradeço mais uma vez pela contribuição.

Uma rápida audição pela coletânea é suficiente para revelar que a dupla, famosa pelo uso do falsete em suas interpretações, manteve repertório com qualidade acima da média em relação ao que seus colegas da Jovem Guarda produziram ao longo dos anos 70. Destaque para o obscuro soul "Nem um minuto mais", gravado em 1972 na Sinter. Curiosamente, as duas que incluiria entre as mais fracas do repertório - "O maior golpe do mundo" e "Cantem comigo" - foram as que obtiveram mais sucesso pela dupla na decada. O êxito, porém, não foi o mesmo do início da carreira. O primeiro compacto, "Coruja", rapidamente atingiu os primeiros lugares nas paradas de sucesso em 1966.

Foram descobertos e apadrinhados pelo cantor Tony Campello, um dos precursores do rock nacional, produtor e descobridor de talentos. Uma das características que marcou o visual da dupla era o uso da barbicha (veja foto acima). Conheceram-se em Santos, ainda adolescentes, onde se identificaram pelo mesmo gosto musical – o rock´n´roll -, e resolveram apresentar-se em dupla. Cantavam em programas de rádios e boates, como “Os Boas Pintas”. Adotaram o "Deny e Dino" após participar de um Programa de TV, sob o comando de Hugo Santana. Assim, contratados na Odeon, os cantores e também compositores lançaram ainda em 1966 o primeiro LP. O disco trouxe outro hit, "Eu só quero ver", de Sérgio Reis.

No ano seguinte, com o segundo álbum, a dupla emplacou mais dois hits, "O ciúme" e "Pra ver você chorar". Ao final da Jovem Guarda, a dupla lançou mais um álbum, "Shut Up", de 1969. Depois da Odeon, a dupla gravou compactos pelos selos Sinter, Top Tape, Continental e Tapecar. Após a morte de Dino, em 1994, Deny continuou carreira com outro parceiro, Elliot de Souza Reis, que manteve o nome Dino, e gravou o CD Essencial (selo Acervo, 1995), com regravações de antigos sucessos ao lado de músicas novas. Deny e seu novo parceiro participaram também de shows, CD e DVD comemorativos da Jovem Guarda, e continuam na ativa. Confira:

01 - 1971 - O conteúdo do blá
..... (Dino)
02 - 1971 - Olha só a cara dele
..... (Deny)
03 - 1971 - Sem sentido
..... (Deny)
04 - 1971 - Matuto
..... (Deny)
05 - 1972 - Nem um minuto mais
..... (Deny - Dino)
06 - 1972 - Espero
..... (Deny - Dino)
07 - 1973 - Cantem comigo
..... (Deny - Dino)
08 - 1973 - Você precisa se acostumar
..... (Mickael - Décio Eduardo)
09 - 1974 - A cara e a coragem
..... (Deny - Dino)
10 - 1974 - Teu peso em ouro
..... (Deny)
11 - 1975 - O maior golpe do mundo
..... (Marcos Lago - Dino Rossi)
12 - 1975 - Esse cara não tá com nada
..... (Dino Rossi - Marcos Lago)
13 - 1976 - Da vida nada se leva
..... (Majó - Eliane - Frank Gau)
14 - 1976 - A photo
..... (Marcos Lago - Dino Rossi)
15 - 1977 - Por toda vida (My life)
..... (Richard Lee - Michael Sullivan)
16 - 1977 - Tirando sarro
..... (Deny - Dino)
17 - 1978 - Ainda vai chegar o dia
..... (Deny - Dino)
18 - 1978 - Bêbado
..... (Paulo Alonso - Sheik)
19 - 1982 - Não devo chorar
..... (Deny - Dino)
20 - 1982 - O amor é a vida
..... (Deny - Dino)

BÔNUS

21 - 1970 - A rosa
..... (Deny)
22 - 1970 - Vende-se
..... (Deny)
23 - 1976 - Pombinha branca
..... (Silvia Boarato - Murano)
24 - 1976 - Não ligue para o que ele diz
..... (Deny - Dino)
25 - 1979 - Apenas uma vez
..... (Dino Rossi - Marcos Lago - Pedro Lima)
26 - 1979 - É cedo ainda
..... (Deny - Dino)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Guarabyra - Só tem amor quem tem amor pra dar

Música foi originalmente criada como jingle de campanha publicitária da Pepsi em 1973

Quem viveu os anos 70 deve se lembrar de uma campanha publicitária da Pepsi-Cola que fez muito sucesso devido ao jingle "Só tem amor quem tem amor pra dar", veiculado em três comerciais durante 1973. O principal compositor da música foi Guarabyra, que fazia trio com Sá e Rodrix, enquanto os dois companheiros deram apenas alguns toques no jingle. A peça publicitária agradou tanto que Guarabyra lançou este single pela Odeon. O disco, curiosamente, não dá crédito a Zé Rodrix entre os compositores.

A campanha publicitária surgiu diante da necessidade da marca de se modernizar e se aproximar do consumidor, especialmente o jovem entre 16 e 20 anos. Na época, o comportamento hippie estava no auge, e no Brasil o movimento de libertação jovem sofria um contraponto político: o País sobrevivia ao regime militar, o que acirrava os ânimos e tornava o conflito geracional ainda mais intenso. A campanha da Pepsi captou com precisão o espírito desse tempo, e ainda colava na concorrente Coca-Cola o rótulo de careta e ultrapassada: "Hoje existe tanta gente/ Que quer nos modificar/ Não quer ver nossos cabelos assanhados/ Nem quer ver aquela calça desbotada". O refrão é uma pérola do espírito hippie filtrado pela alma capitalista: "Só tem amor quem tem amor pra dar/ Só o sabor de Pepsi que mostra o que é amar".

O primeiro comercial foi ambientado em clima de show de rock, com destaque para a cena de um jovem que pula uma grade, representando o rompimento de barreiras. O segundo comercial, mais famoso, mostra um festivo e rebelde grupo de jovens tomando conta de uma estação de trem e invadindo um vagão recheado de garrafas de Pepsi. O terceiro seguia a mesma linha, também ambientado em um cenário rural e povoado de gente jovem correndo atrás de um carregamento do refrigerante. Muita gente, com certeza, vai se lembrar desses filmes comerciais porque o jingle é inesquecível. Confira:

01 - Só tem amor quem tem amor pra dar
..... (Sá - Rodrix - Guarabyra)
02 - Pássaro
..... (Sá - Guarabyra)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Diana - Saudade tão fora de hora (CS 1982)

A cantora e compositora Diana também gravou na Copacabana no início dos anos 80

A cantora Diana, após o grande sucesso nos anos 1970, período em que gravou na CBS (Sony) e Polydor (Philips), lançou este compacto simples em 1982 pela Copacabana, sem o êxito do passado. A cantora iniciou sua carreira no final da década de 60, seguindo os passos da Jovem Guarda, que dominava o cenário musical da juventude na época. Em 1969, gravou seu primeiro disco, um compacto simples, pela Caravelle, trazendo as canções "Menti Pra Você" (Lado A) e "Sítio do Pica-Pau Amarelo" (Lado B), ambas de sua autoria, sendo a segunda em parceria com Carlinhos, que era membro do grupo Renato e Seus Blue Caps e primo de seu vocalista Renato Barros.

O bom desempenho do seu disco de estreia lhe rendeu o convite de Evandro Ribeiro, então produtor da CBS, para fazer parte do catálogo de artistas da gravadora, que precisava preencher o espaço deixado por Wanderléa, agora no cast da Polydor/Philips. Em 1970, gravou um compacto simples, pelo selo Epic (Sony), com duas canções, intituladas "Não Chore Baby" e "Eu Gosto Dele". Diana passa a ser então produzida por Raulzito, que mais tarde seria conhecido por Raul Seixas. Com a produção do "maluco beleza", Diana alcançou sucesso com “Ainda Queima A Esperança”, "Uma Vez Mais", "Fatalidade", "Um Mundo Só Pra Nós", "Porque Brigamos", "Estou Completamente Apaixonada" e "Hoje Sonhei Com Você".

Raul Seixas compôs várias das baladas para Diana, a maioria em parceria com Mauro Motta. Rossini Pinto, cantor, produtor e compositor, se encarregou de fazer as versões de hits internacionais da época para Diana. De sua autoria são as letras de “Fatalidade”, “Porque Brigamos”, “Tudo Que Eu Tenho”, “Canção dos Namorados”, entre outros. Em busca de liberdade para gravar suas próprias composições, Diana decide trocar a CBS pela Polydor, onde gravou três discos. Dessa fase, resultaram os sucessos "Foi Tudo Culpa do Amor", "Lero-Lero", “Sem Barulho” e "Uma Nova Vida". Em 1978, Diana gravou pela RCA seu último LP dos anos 70. Na década de 80, Diana gravou alguns compactos, um LP e também participou de um tributo ao cantor Evaldo Braga, onde no disco “Eu Ainda Amo Vocês” canta em dueto com o homenageado a música “Só Quero”. Diana adotou uma nova grafia para seu nome artístico, "Diannah", e continua em plena atividade.

01 - Saudade tão fora de hora
..... (Diana)
02 - Você tem que pagar o que me deve
..... (Diana)

FICHA TÉCNICA

Produtor fonográfico: Som Indústria e Comércio S/A
Direção artística: Luiz Mocarzel
Direção de produção: Antonio Carlos de Oliveira
Coordenação artística: Roberto Ramos
Arranjo e regência: José Paulo Soares - Eduardo Assad
Técnico de gravação e mixagem: Roberto Marques
Corte: Silvia Regina Nascimento
Gravado nos estúdios: Dó Ré Mi - SP
Layout e arte: Jurandir G. Silveira
Foto: Michel Challat

domingo, 15 de abril de 2012

Fredson - Volume Dois (LP Beverly 1973)

Segundo LP do ex-integrante do Trio Melodia traz "Dolores Sierra", hit do Nelson Gonçalves
Este é o segundo álbum do cantor e compositor Fredson, ex-integrante do Trio Melodia, e se destacou pela faixa "Dolores Sierra", um clássico do repertório do Nelson Gonçalves. Fredson começou a cantar ainda jovem, quando saiu de Nazareth, sua terra natal na Bahia, onde nasceu em 25 de março de 1937, para tentar carreira no Rio. Lá, começou como radialista e locutor na Rádio Globo, e trabalhou em várias emissoras de rádio na Bahia. Ainda fez sucesso, na área musical, como integrante do Trio Melodia no período da Jovem Guarda.

Ele se lançou na carreira solo quando gravou em 1969 seu primeiro disco pela gravadora Caravelle com as músicas: “Aniversário do meu bem” e “Oh! Meu imenso amor”, seguido de outro single de sucesso, contendo as canções: “Até no inferno eu vou lhe buscar” e “Por que me apaixonei”. O primeiro LP saiu no de 1970, porém não teve grande repercussão, mas a partir de 1971, com este LP “Volume 2”, que contém a faixa “Dolores Sierra”, obteve muito sucesso. Desde então, gravou vários singles e álbuns, e ainda desenvolveu carreira no rádio. Confira o LP:

01 - Dolores Sierra
..... (Wilson Batista - Jorge de Castro)
02 - Encontrei o meu caminho
..... (Fredson - Abdon Santos)
03 - Vamos domingo a Cabo Frio
..... (Roberto Martins)
04 - Pretenciosa
..... (Alex)
05 - Sonho que estou te perdendo
..... (Fredson - Paulo Gomes)
06 - Ana eu te amo
..... (Lorenz Nato - Oswaldo Nunes)
07 - Nem o diabo vai tirar você de mim
..... (J.Pereira Jr. - Maria do Carmo)
08 - Pra não pensar no amanhã
..... (Adail Daliano - Di Alencar)
09 - O passado triste vai passar
..... (Adail Daliano - Di Alencar)
10 - O bem que fez
..... (Marcos Jozan - José Rodrigues - Gracieth Reison)
11 - Não vou mais brigar
..... (Elisio Sales - Edeide A. Silva - Jara Junqueira)
12 - Com você ao meu lado o mundo pode se acabar
..... (Alex)

sábado, 14 de abril de 2012

Golden Boys - O sonho não acabou... (LP 1984)

Álbum lançado em 1984 traz oito faixas com clássicos remasterizados da Jovem Guarda

Aposto que este LP dos Golden Boys, lançado em 1984 pela CBS (Sony), é mais um daqueles gravados por exigência da gravadora. O quarteto vocal, com carreira iniciada em 1958, tem competência pra gravar álbum de inéditas. Afinal, os irmãos Roberto, Renato e Ronaldo também atuam como compositores e produtores. Renato compôs "É papo firme", lançada em 1967 por Roberto Carlos, e "Casaco marrom" (com Danilo Caymmi e Guttemberg Guarabira), grande êxito do repertório de Evinha (1970). Ronaldo já participou de quase todos os festivais de música no Brasil e escreveu várias músicas, entre elas um de seus grandes sucessos, "Não precisa chorar", gravada por Roberto Carlos, em 1966. O irmão mais velho, Roberto, teve seu maior êxito como autor, ao lado de Sylvio Son, de "Eu já nem sei", gravada em 1968 por Wanderléa. A Ternurinha também gravou outros sucessos dos irmãos: "Foi assim" (Ronaldo e Renato Corrêa), "Te amo" (Roberto e Sylvio Son) e "Finalmente encontrei você" (Ronaldo e Renato Corrêa). Sinto falta de álbum com canções inéditas na interpretação afinada do trio que contou com a participação do primo Valdir Assunção, falecido em 2004. As oito faixas deste álbum foram relançadas em CD para a série Brilhantes, da Sony, de onde extraí o áudio, apresentando a capa original do vinil. Confira:

01 - Alguém na multidão (Rossini Pinto)
..... Ai de mim (All of me) (S.Simons-G.Marks -Vrs. Neusa de Souza)
..... Mágoa (Heartaches) (J.Klenner-A.Hoffman-Vrs. Rossini Pinto)
..... Pensando nela (Bus stop) (G.Gouldman-Vrs. Rossini Pinto)
02 - O caderninho
..... (Alemão)
03 - Te amo (Roberto Correia - Sylvio Son)
..... Eu já nem sei (Roberto Correia-Sylvio Son)
..... O diamante cor de rosa (Roberto Carlos-Erasmo Carlos)
..... Ternura (Somehow it got to be tomorrow (Today)) (E.Levitt-K.Karen-Vrs. Rossini Pinto)
..... Não quero ver você triste (Roberto Carlos-Erasmo Carlos)
..... Eu te amo, te amo, te amo (Roberto Carlos-Erasmo Carlos)
..... Meu bem (Children) (J.South-Vrs. Rossini Pinto)
..... Sentado à beira do caminho (Roberto Carlos-Erasmo Carlos)
04 - Festa de arromba (Erasmo Carlos - Roberto Carlos)
..... Boa noite, meu bem (Goodnight, Irene) (H.Ledbetter-J.Lomax-Vrs. Rossini Pinto)
..... Pare o casamento (Stop the wedding) (Resnick-V.Young-Vrs. Luiz Keller)
..... Tijolinho (Wagner Genatti)
..... O bom (Carlos Imperial)
..... Pega ladrão (Getúlio Côrtes)
..... O bobo (Paulo Brunner-Ivanildo Teixeira)
..... Erva venenosa (Poison Ivy) (Leiber-Stoller-Vrs. Rossini Pinto)
05 - O passo do elefantinho [Baby elephant walk] (H.Mancini)
..... Gasparzinho (Renato Correia)
..... O pica-pau (Renato Barros-Lilian Knapp)
..... A festa do Bolinha (Roberto Carlos-Erasmo Carlos)
06 - O cabeção
..... (Roberto Correia - Sylvio Son)
07 - Devolva-me (Lilian Knapp - Renato Barros)
..... Gatinha manhosa (Roberto Carlos-Erasmo Carlos)
..... Pobre menina (Hang on sloopy) (B.Russell-W.Farrell-Vrs. Gileno)
..... Menina linda (I should have known better) (Lennon-McCartney-Vrs. Renato Barros)
08 - Namoradinha de um amigo meu (Roberto Carlos)
..... Esqueça (Forget him) (M.Anthony-Vrs. Roberto Corte Real)
..... Quero que vá tudo pro inferno (Roberto Carlos-Erasmo Carlos)
..... Quando (Roberto Carlos)
..... É papo firme (Renato Correia-Donaldson Gonçalves)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Adriana - Álbum do selo Continental - 1978

Álbum da Adriana fez sucesso com "Quando você partir" e "O amor que existe em mim"

Este é o segundo LP da cantora Adriana e o primeiro na gravadora Continental, lançado em 1978, após passagem da artista pela Equipe (1967-1970), Odeon (1970-1972) e Polydor (1973-1974). O primeiro álbum, em 1970, se destacou pelo sucesso da música "Justo nesta noite", mas este segundo trouxe dois hits: "Quando você partir" (When you´re gone) e "O amor que existe em mim" (We´re all alone). Além disso, o álbum apresentou duas músicas da dupla Roberto Carlos e Erasmo Carlos, a regravação da romântica "As flores do jardim da nossa casa" e o rock "Consideração". Serei breve no post porque as informações sobre a cantora já foram apresentadas no blog. Confira o disco:

01 - Meu futuro
.....(Beto - Reina)
02 - Todo mistério
.....(Beto - Reina)
03 - É lindo sonhar
.....(Marcio Santos - Luiz Banda)
04 - O cara
.....(Gibran - Adriana)
05 - Quando você partir (When you're gone)
.....(S.Smit - F. Smit - vs: Fred Jorge)
06 - O amor que existe em mim (We're all alone)
.....(Boz Scaggs - vs: Cleide Dalto)
07 - As flores do jardim da nossa casa
.....(Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
08 - Sei lá amor
.....(Lincoln Olivetti - Ronaldo Barcellos)
09 - Consideração
.....(Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
10 - Meu erro
.....(Gibran)
11 - Você não era assim
.....(Gibran - Marcio Santos)
12 - Se o metrô passasse aqui
.....(Gibran - Adriana)

FICHA TÉCNICA

Produtor fonográfico: Discos Continental
Direção artística: Ramalho Neto
Produção artística: Max Pierre
Assistência de produção: Luiz Fernando (Nando)
Coordenação administrativa: Jorge Correa (Rio) e Odair Corona (SP)
Arranjos e regência: Lincoln Olivetti
Engenheiros de gravação: Don Lewis e Max Pierre
Mixagem: Don Lewis e Max Pierre
Assistentes: João Maria, Guilherme e Mário
Engenheiro responsável: Nolan Leve
Assistentes de estúdio: Jorge (Gordo) e Pimentel
Edição: Ieddo Gouvea
Corte: Milton Araújo
Estúdios: A e B da Sigla (RJ)
Fotos: Raul do Canto e Mello, Bruno Lins
Cabeleireiro: Mauro Varanda
Arte capa: Oscar Paolillo e F. C. Gongora

Músicos:

Bateria - Picolé
Baixo: Paulo Cezar
Guitarra: Robson Jorge, Kiko e Sérgio Batista
Teclados: Lincoln Olivetti
Guitarra acústica: Don Beto
Ritmo: Hermes e Ariovaldo
Coro: Jane Duboc, Lílian Knapp, Sonia Burnier, Robson Jorge, Nando, Rinaldo e Don Beto.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Márcio Greyck (compacto simples espanhol - 1972)

"Impossível acreditar que perdi você" foi o primeiro grande sucesso do Márcio Greyck

É bom esclarecer: a música "Imposible creer que te perdi", versão em espanhol de "Impossível acreditar que perdi você" já está postada na coletânea "Jovem guarda em castellano". Mesmo assim, achei que para muitos fãs e colecionadores é interessante apresentar o disco, um compacto simples de 45 RPM lançado em 1972 pela CBS na Espanha. A julgar pelo título "Canta en español", eu imaginei que "El mas importante y verdadero amor" - conforme grafado no disco - também fosse interpretado em espanhol. Ledo engado. É a gravação em português, conhecida de todos nós. Esse é o grande problema dos discos de brasileiros lançados na Espanha e América Latina. A gravadora lança o disco com título e repertório impressos em espanhol, mas "esquece" de informar que as gravações são em português. Neste caso, o disco informa que "Imposible creer que te perdi" é uma versão, mas não dá crédito ao autor. Trata-se de detalhe, pois o disco vale pela raridade. Confira:

01 - Imposible creer que te perdi (Impossível acreditar que perdi você)
..... (Márcio Greyck - Cobel)
02 - O mais importante é o verdadeiro amor
..... (Facchinetti - Negrini - vs: Fernando Adour)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Paulo Henrique - Singles & Raridades

Coletânea reúne músicas lançadas por Paulo Henrique em 12 singles entre 1967 e 1984

Alguém se lembra da música "Uma lágrima", maior sucesso do cantor Paulo Henrique, o "anjo triste", como alguns chegaram a chamá-lo? Pois esta e outras 22 canções - gravadas em 12 compactos simples entre 1967 e 1984 - estão presentes nesta coletânea que reúne parte da sua discografia. Vale destacar que a faixa bônus, com a Orquestra J. Pierre, é o lado B do single de 1978, lançado pela Chantecler. O que me chamou a atenção foi a desconhecida parceria entre Ronnie Von e Tommy Standen (Terry Winter) na composição de "Contei a um passarinho", lado B do single de 1967.

Paulo Henrique é mais um na lista dos que cairam no ostracismo. As informações sobre sua vida e carreira são escassas na rede. Tudo indica que o cantor é gaúcho, da cidade de Canoas, e iniciou a carreira em 1967, quando gravou "Por querer demais", composta por Deny. Foi presença constante no programa Silvio Santos e teria falecido, vitima de câncer, na cidade de Porto Alegre, em 1988. Agradeço a quem puder adicionar informações sobre ele na parte reservada aos comentários. Confira o post:

01 - 1967 - Por querer demais
..... (Deny)
02 - 1967 - Contei a um passarinho
..... (Tommy Standen - Ronnie Von)
03 - 1968 - O calendário (I can't turn back time)
..... (Vince Edwards - vs: Vanusa)
04 - 1968 - Tanta coisa
..... (Marcos Roberto - Dori Edson)
05 - 1968 - Protesto que todos protestam
..... (Mara)
06 - 1968 - Cinco minutos e depois nunca mais (Cinque minuti e poi...)
..... (A. Prestipino - G. Lamorgese - H. Pagani - vs: Antonio Marcos)
07 - 1969 - Flor, paz e amor
..... (Sérgio Reis)
08 - 1969 - Uma lágrima (Una lacrima)
..... (Bigazzi - Cini - vs: Sebastião Ferreira da Silva)
09 - 1970 - Vou mandar uma flor para o meu amor
..... (Renato Júnior)
10 - 1970 - Minha timidez
..... (George Freedman)
11 - 1970 - Jamais te esqueci (Una favola blu)
..... (Morina - D'Ercole - Melfa - vs: Sebastião Ferreira da Silva)
12 - 1970 - Uma rosa e uma saudade (Una rosa e una candela)
..... (G.Argenio - C. Conti - vs: Sebastião Ferreira da Silva)
13 - 1972 - Grande, grande, grande
..... (Tony Renis - A. Testa - vs: Nazareno de Brito)
14 - 1972 - Tenho vontade de dizer (Tengo ganas de decirte)
..... (Elio Roca - Alvar - vs: Sebastião Ferreira da Silva)
15 - 1974 - O que restou de mim
..... (V. Guzzo - C. Balbino)
16 - 1974 - Duas lágrimas
..... (Rosiris Chelmandi)
17 - 1976 - Viverei (Vivere)
..... (C.A.Bixio - vs: Rosiris Chelmandi)
18 - 1976 - Minha oração
..... (Rosiris Chelmandi)
19 - 1978 - Tema de Márcio "Oração de São Francisco" (Loneliness)
..... (Weyer - Lukowski - adapt.: Jean Pierri)
20 - 1981 - O palhaço
..... (Benjamim de Oliveira) - Arthur Moreira - Sebastião Ferreira da Silva
21 - 1981 - Cansado de tanto chorar
..... (Arthur Moreira - Sebastião Ferreira da Silva)
22 - 1984 - Palavras
..... (Leonardo Moreno - Emival Rocha)
23 - 1984 - Por ti querer
..... (Leonardo Moreno - Emival Rocha)
24 - Bônus - Orquestra J. Pierre - Loneliness (Tema de Márcio) - Instrumental
..... (Weyer - Lukowski)






segunda-feira, 9 de abril de 2012

Diversos artistas - Jovem Guarda Obscura - Vol.4

Raras gravações de duplas e bandas estão reunidas neste quarto volume da série

O quarto volume da série Jovem Guarda Obscura é, a exemplo do terceiro, uma colaboração do amigo Vlademir Ferreira, lá da Comunidade MC & JG, a quem renovo o meu agradecimento pela gentileza. Por falar em comunidade, aproveito também para agradecer ao Wilton Sevira por ter me enviado a foto da capa do LP de 1988 da Martinha. É ela que passa a ilustrar o post do disco, já que a anterior - que se encontra na pasta com o áudio do álbum - está autografada.

Este quarto volume contempla o rock de garagem. São raras gravações de duplas, trios e bandas desconhecidas do grande público. Algumas músicas do repertório são regravações de sucessos da época, como é o caso de "Vai ser bom", com Os Santos, que nada ficam a dever em relação aos registros feitos por Gilberto Lima e Mário Augusto. O mesmo não acontece com "Você não soube amar", com The Paladins, que apesar do esforço estão distantes dos recursos e da qualidade técnica da gravação feita pelo Renato e seus Blue Caps. Confira:

01 - Os Aranhas - Gatinha angorá
02 - Showzinho - Telefone
03 - Leno e Isis - Procure outra garota
04 - Os Selvagens - Não viver contigo
05 - Os Magnos - Sonho de verão
06 - Os Notaveis - Só quero ver voce sorrir
07 - Frankie & Bety - Broto que seja um pão
08 - Os Vikings - Segredinho
09 - Avalons - Tell me darling
10 - Esquema 5 - Em teus olhinhos
11 - Os Abstratos - Achei meu amor
12 - Os Brasas - Por favor abre a janela
13 - Gemini 5 - Um alguém
14 - Os Santos - Vai ser bom
15 - Os Cleans - Nova geração
16 - The Jet's - O velho guarda-chuva
17 - Os Carecas - Os carecas são demais
18 - The Paladins - Você não soube amar
19 - The Black Falcons - Não me faça chorar
20 - Tony & Adams - Nunca mais me deixes

Colaboração: Vlademir Ferreira, da Comunidade MC & JG

domingo, 8 de abril de 2012

As 12 mais de 70 (Álbum do selo Cartaz)

Sucessos nacionais e internacionais de 1969 estão reunidos neste álbum instrumental

Até parece lançamento do selo Paladium, que não informa dados da ficha técnica, mas este álbum é da gravadora Cartaz. Quando o comprei, eu logo imaginei que as músicas seriam interpretadas por covers, mas o disco é instrumental, seguindo a mesma linha do Lafayette. O problema é que a gente fica sem saber quem é o músico ou a banda responsável pela execução. O disco também não traz o ano da produção, mas tudo indica que é de 1969, considerando o repertório e o título que remete para 1970. Destaques para "Lodi" (sucesso do Creedence Cleawater Revival), "Você me pediu" (hit do Roberto Carlos), "Good morning, starshine" e "Mendocino", músicas que ficaram conhecidas no Brasil devido ao sucesso de suas respectivas versões - "Estrela que cai", com Os Caçulas, e "Meu benzinho", na voz da Waldirene. Confira:

01 - Tudo passará
..... (Nelson Ned)
02 - Foste minha um verão
..... (Nico Berti - Leonardo Flávio)
03 - Você me pediu
..... (Luiz Fabiano)
04 - Love is all
..... (Les Reed - Barry Mason)
05 - Un jour, un enfant
..... (E.Stern - Ed. Marnay)
06 - Lodi
..... (J.C.Fogerty)
07 - Put a little love in your heart
..... (Jackie Deshannon - Jimmy Holliday - Randy Myers)
08 - Happy heart
..... (J. Rae - J. Last)
09 - Good morning, starshine
..... (Rado - Ragni - Macdermot)
10 - Eu disse adeus
..... (Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
11 - Mendocino
..... (D. Sahn)
12 - Never my love
..... (Don Addrisi - Dick Addrisi)

sábado, 7 de abril de 2012

Ritmos de Juventude (EP com Tony Campello)

Single do selo Edições Paulinas tem acompanhamento do grupo instrumental Avanço 5

Após a Sexta-feira da Paixão, achei que seria legal postar um disco com mensagens que nos levassem a reflexão sobre a vida. Este EP "Ritmos de Juventude", com Tony Campello, Artur & Borba e Avanço 5, está bem de acordo com a proposta. Foi lançado pelo selo Edições Paulinas, que lamentavelmente não informa o ano da gravação. As quatro músicas, compostas pelo padre Silvino A. Turco, têm acompanhamento do grupo instrumental Avanço 5. Tony Campello interpreta as duas faixas do lado A e a dupla Artur & Borba as duas do B. Confira:

01 - Sentido da vida
02 - Saber ouvir
03 - Se reparo muito bem
04 - Uma semana de trabalho

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ed Wilson - Chuva de bençãos (LP gospel - 1983)

Clássicos como "Foi na cruz" e "vencendo vem Jesus" estão no 1º LP gospel do Ed Wilson

Hoje, Sexta-feira da Paixão, nada como postar um disco apropriado para o dia. Escolhi este "Chuva de bençãos", lançado em 1983 pelo Ed Wilson em seu primeiro disco gospel. Comenta-se que o cantor e compositor teria se tornado evangélico, no início dos anos 1980, após ser abençoado pela cura de um problema de gagueira, imperceptível enquanto cantava, mas que o deixava retraído quando precisava conversar. Verdadeira ou não, o fato é que se trata de um álbum gostoso de ouvir, e destaco a faixa "Bom dia amigo", uma das minhas preferidas do disco, lançado inicialmente em vinil e posteriormente em CD.

Ed Wilson nasceu no bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, em 29 de julho de 1945. Edinho, como é carinhosamente chamado pelos amigos, iniciou a carreira no final dos anos 50 com os irmãos Renato Barros e Paulo César Barros. Iniciaram fazendo mímica, e só depois partiram para tocar e cantar ao vivo. Era o embrião do Renato e seus Blue Caps, um dos mais populares grupos da Jovem Guarda. Depois de algumas apresentações no programa "Hoje É Dia de Rock", de Jair de Taumaturgo, na Rádio Mayrink Veiga, do Rio, os garotos tentaram uma oportunindade no programa de TV do Carlos Imperial. Por meio dele, o grupo conseguiu participar das gravações do LP "Twist", de Cleide Alves e Reynaldo Rayol, que estava produzindo na época (1962), já com Erasmo Carlos no vocal.

Isso aconteceu porque Imperial sugeriu a Ed para que investisse em carreira solo e conseguiu um contrato na Odeon, onde gravou dois discos. Partiu, na sequência, para a RCA, onde lançou outros três compactos. Com o início do programa Jovem Guarda, em 1965, Ed Wilson foi contratado pela CBS, gravadora que já tinha o Renato e Seus Blue Caps no cast. Lá, gravou um LP, diversos compactos e participou de alguns volumes da coletânea "As 14 Mais". Fez sucesso com as músicas "Sandra", “Saudade”, “E Morro de Saudade de Você”, “Se ela não Serve pra Você, também não Serve pra mim”, “Mas que Frio Faz” e outras. Antes de deixar a CBS, no final dos anos 70, gravou em inglês com o pseudônimo de Barry Dean, para trilhas das novelas da Rede Globo, onde obteve destaque para a música "Love Me More", tema de “Sem Lenço Sem Documento Internacional” em 1978.

Ao longo da carreira, Ed também se destacou como compositor e tem músicas gravadas por vários artistas, como Renato e seus Blue Caps, Wanderléa, Cleide Alves, Pedro Paulo, José Roberto, Leno e Lilian, e outros da Jovem Guarda. Além disso, é autor de grandes sucessos, como “Chuva de Prata” (Gal Costa), “Aguenta Coração” (José Augusto), “Pede a Ela” (Tim Maia), “Aparências” (Márcio Greyck), “O Pensamento Vai Mais Longe” (The Fevers) e muitas outras. Ed ainda investiu como produtor, e trabalhou muito com Jerry Adriani, Sidney Magal, Peninha, Lílian, César Sampaio e outros. A partir de 2004, passou a integrar a banda “The Originals”, uma união de ex-integrantes das três maiores bandas do período Jovem Guarda, ou seja, The Fevers, Renato e seus blue caps e Os Incríveis. A formação inicial contou com: Miguel, Pedrinho, Cleudir e Almir (Fevers) – Ed Wilson (Blue Caps) e Netinho e Nenê (Incríveis). O sucesso foi imediato. Nesse interim, Ed adoeceu e lutava contra um câncer que o abateu em apenas seis meses, segundo familiares. Faleceu em 4 de outubro de 2010, deixando uma legião de amigos e admiradores. Confira:

01 - Cegueira e vista - Foi na cruz
..... (Ralf E. Hudson - Isaac Watts - H. M. Wright - adap. Oliver Charles)
02 - Vencendo vem Jesus
..... (Julia W. Howe - John W. Steffe - vs; Carlos Colla)
03 - Segura na mão de Deus
..... (Nelson Monteiro da Mota)
04 - Maranata
..... (Marcio Nogueira)
05 - Oh! Vinde cantemos
..... (Don - Asaph)
06 - Bom dia amigo
..... (Ed Wilson - Cury)
07 - Alfa e Omega
..... (D.R.)
08 - Mais do que um sonho
..... (Ed Wilson)
09 - Aleluia
..... (Ed Wilson - Carlos Colla)
10 - Amei a Ti Jesus
..... (Ed Wilson)
11 - Deixe Cristo amar você
..... (Gilson - Joran)
12 - Salmo 23
..... (Ed Wilson)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dom & Ravel - Compactos simples (RCA 1969)

Os dois primeiros compactos da dupla de irmãos foram verdadeiros fracassos de venda

Em atenção ao pedido do Willians, aqui estão os dois primeiros compactos gravados pela dupla Dom & Ravel em 1969 na RCA Victor. O primeiro, com a psicodélica "Desvio mental" e a suave "O som do silêncio", uma versão do hit "The sound of silence", do Paul Simon. O segundo traz "Hey" e "O que é meu é dela", ambas de Dom. Gostaria de informar que o primeiro single não é do meu acervo, e nem me lembro de onde baixei. Acredito que tenha sido na primeira fase do blog Túnel do Tempo, do nosso amigo Djair, a quem volto a agradecer por tantas pérolas fornecidas. O fato é que ambos os discos foram verdadeiros fracassos de venda. Em contrapartida, nessa mesma época, Dom passou a se destacar como compositor, com músicas gravadas por Os Incríveis, Vanusa, Wanderléa, Wanderley Cardoso e Jerry Adriani.

A sorte para a dupla de irmãos, ambos nascidos em Itaiçaba, no interior do Ceará, começou a mudar em 1970, com o sucesso de "Quando eu vi você dormindo", última gravação da Wanderléa na CBS, e incluída na série "As 14 Mais-Vol. 24". Foi também com a Ternurinha que a dupla se apresentou no V Festival Internacional da Canção (FIC), interpretando "A charanga", de Dom e Wanderléa. Em seguida, viria "Eu Te Amo Meu Brasil", gravada pelo grupo Os Incríveis. Essa música representou um divisor de águas, tanto para a dupla quanto para a banda. Se, de um lado, a música "estourou" nas paradas de sucesso, projetando a dupla e o conjunto, de outro, provocou a ira dos setores mais radicais da esquerda militante, já que o governo militar simpatizou muito com a mensagem da canção. O governador de São Paulo, Abreu Sodré, chegou a sugerir ao presidente Médice que transformasse a canção no novo hino nacional.

Outros sucessos compostos por Dom, igualmente ufanistas, como "Terra boa", "Só o amor constrói" e "Você também é responsável" contribuiram para formar a ideia de que a dupla era conivente com o governo militar. Os irmãos foram acusados até de receberem dinheiro do governo para criarem estas canções. A dupla se desfez em 1975, e Dom seguiu carreira solo com algum sucesso, mas voltou novamente em 1982, e emplacou os sucessos "Canção Da Fraternidade" e "Obrigado Ao Homem Do Campo". Depois, ensaiaram alguns retornos, lançaram outros discos e cairam no ostracismo. Dom faleceu em dezembro de 2000, aos 55 anos, de câncer. Ravel, que faleceu em 16 de junho de 2011, vítima de enfarte aos 64 anos, chegou a denunciar que ambos foram vitimas de violência física nos shows e até nas ruas devido ao repertório do passado. Muitos os acusavam de "cantores da ditadura" e "porta-vozes dos militares". Não foram os únicos a gravar e compor músicas ufanistas, mas injustamente são os mais lembrados pela mídia, encobrindo o talento e a obra que a dupla deixou. Confira:

01 - O som do silêncio (The sound of silence)
..... (Paul Simon - vs: Dom)
02 - Desvio mental
..... (Dom)
03 - Hey
..... (Dom)
04 - O que é meu é dela
..... (Dom)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Roberto Carlos de hoje e de ontem (EP 1968)

Compacto duplo da revista Sétimo Céu traz "Eternamente", música do primeiro LP do cantor

Eis um compacto duplo do Roberto Carlos que, se não chega a ser uma raridade, pelo menos é uma curiosidade. Trata-se de um EP, lançado em 1968, por meio de uma parceria entre a CBS (Sony) e a revista Sétimo Céu, da Editora Bloch, para o projeto Edição Sonora, uma publicação especial com fotos e biografia de um artista, vendida com um EP "gratuito" em bancas de jornais. A série, pelo que me consta, teve edições com Jerry Adriani,Wanderley Cardoso e Paulo Sérgio. No caso do Roberto Carlos, o EP - intitulado "Roberto Carlos de ontem e de hoje" - destaca-se por oferecer duas músicas do passado ("Na lua não há" e "Eternamente") e duas atuais ("O tempo vai apagar" e "Eu amo demais"). O principal destaque é "Eternamente" (Forever), incluída no primeiro LP do Roberto Carlos e nunca lançada em CD. Apesar de possuir as outras três músicas remasterizadas, achei melhor ripar as faixas do próprio vinil, em mono, para manter o clima da época. Confira:

01 - O tempo vai apagar
..... (Paulo César Barros - Getúlio Cortes)
02 - Na lua não há
..... (Helena dos Santos)
03 - Eu amo demais
..... (Renato Corrêa)
04 - Eternamente (Forever)
..... (Marcucci - De Angelis - vs: Carlos Imperial)