Pesquisar este blog

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Marcos Roberto - Terceiro álbum (1970)

Terceiro álbum do Marcos Roberto traz o sucesso "Escreva-me", de Geraldo Nunes

Mais uma colaboração do amigo José de Sousa, do Rio de Janeiro, a quem renovo o meu agradecimento. Este terceiro LP de Marcos Roberto, lançado pela Continental em 1970, veio no rastro do sucesso de "Escreva-me", de Geraldo Nunes. Bem diferente do album anterior, que predominou a parceria autoral com Dori Edson, este apresenta diversificação entre os compositores, incluindo duas duplas que assinaram algumas canções gravadas por Roberto Carlos: Edson Ribeiro & Hélio Justo e Isolda & Milton Carlos. Dori Edson, seu parceiro mais constante, está presente em apenas duas faixas, uma como autor solo e outra em parceria com Marcos Roberto. Este, por sua vez, assina cinco faixas do disco, duas das quais ao lado de Cesar Roberto. Confira as faixas:

01 - Qualquer dia (Eduardo Araújo - Chil Deberto)
02 - Olha (Marcos Roberto - Cesar Roberto)
03 - Alguém mentiu (Luiz Fabiano)
04 - Esperando (Edson Ribeiro - Hélio Justo)
05 - Não vá chorar depois (Saved by the bell)
.... (Robin Gibb - versão: Sebastião Ferreira da Silva)
06 - Que me importa a saudade (Marcos Roberto)
07 - Eu jurei (Isolda - Milton Carlos)
08 - Você está livre (Marcos Roberto - Cesar Roberto)
09 - Quisera (Cezar - Marcos Roberto - Fernando Reis)
10 - Pra sempre (Dori Edson)
11 - Nada (Marcos Roberto - Dori Edson)
12 - Escreva-me (Geraldo Nunes)

Download aqui

Marcos Roberto - Segundo álbum (1968)

Boa parte das músicas do LP é da dupla de compositores Dori Edson e Marcos Roberto

Este é o segundo álbum do Marcos Roberto, ainda inédito em CD. Recebi como colaboração do José de Sousa, do Rio de Janeiro, que também me enviou o terceiro LP do cantor, de 1970, que será postado na sequência. Agradeço imensamente a ele por prestigiar o blog. Este disco traz, logo na primeira faixa, a música "Será?", de sua autoria com o saudoso Dori Edson (26/08/1946 - 26/08/2008), um dos maiores sucessos de sua carreira. Outra faixa do disco, "Não tenho você", também obteve boa repercussão popular. A dupla escreveu grandes hits gravados por vários artistas da época e também por eles mesmos.

Impossível, portanto, falar de um sem mencionar o outro, assim como acontece com Roberto e Erasmo Carlos. Ambos, amigos de juventude, começaram a carreira juntos. O primeiro disco, de 1960, foi um single de 45 RPM, pelo selo Young, especializado em música jovem e versões. No lado A, Dori Angiolella, depois Dori Edson, gravou “Danny Boy”, e no B, Marcos Roberto interpreta "I love you, I do". O sucesso só viria em 1965, no auge da jovem Guarda, quando Marcos Roberto gravou "Fim de sonho", de Sérgio Reis, pela gravadora Continental. A partir daí, a carreira deslanchou, tanto como compositor quanto cantor. É da dupla, por exemplo, a música "Tremendão", feita em 1967 especialmente para Erasmo Carlos, que mantém o apelido até hoje.

A carreira de Marcos Roberto não se limitou ao mercado brasileiro e também fez sucesso em países de língua espanhola. Gravou vários discos - este inclusive, em espanhol - para o mercado latino. Ganhou vários prêmios, como o cobiçado Chico Viola, e até estrelou em 1971 o filme "Idilio proibido", dirigido por Konstantin Tkaczenko e com roteiro de Rubens Barbosa e Lauro César Muniz. O longa é estrelado também por Maria Stella Splendore (ex-esposa do costureiro Denner), Roberto Bataglin, Edna Thereza e outros. O cantor e compositor continua na ativa, apesar de ausente dos veículos de comunicação. Confira as músicas deste disco:

01 – Será? (Marcos Roberto – Dori Edson)
02 – Em você algo estranho eu notei (Marcos Roberto – Dori Edson)
03 – Eu te quero assim (Frankye Adriano – Edison Trindade)
04 – Não tenho você (Marcos Roberto – Dori Edson)
05 – Entenda (Machione – Walter Rangel)
06 – Você está comigo (Marcos Roberto – Dori Edson)
07 – Carona (Marcos Roberto – Dori Edson)
08 – Um amor, um carinho (Marcos Roberto – Dori Edson)
09 – Chega (Marcos Roberto – Dori Edson)
10 – O fim (Marcos Roberto – Dori Edson)
11 – Ninguém vive sem ninguém (Marcos Roberto – Dori Edson)
12 – Eu tenho amor (Marcos Roberto – Dori Edson)

Download aqui

domingo, 25 de setembro de 2011

Antonio Marcos - El hombre de Nazaret (1973)

Single traz a versão espanhola de "O homem de Nazaré", grande sucesso do cantor

Esta postagem é para os colecionadores dos discos do Antonio Marcos, uma vez que as duas músicas deste single espanhol de 45 RPM estão incluídas no LP que se encontra no blog. Por isso, na pasta se encontram as imagens da capa, contracapa e dos selos – lados A e B – do compacto lançado na Espanha em 1973. O legal é que este disco é da tiragem promocional, produzida para divulgação e, portanto, mais rara do que a comercial.

Antonio Marcos Pensamento da Silva nasceu em São Paulo em 8 de novembro de 1945 e iniciou a carreira em meados dos anos 60 como integrante do grupo Os Iguais, liderado por ele e seu irmão Mário Marcos. O grupo foi contratado pela gravadora RCA entre 1965 e 1966, e já no seu primeiro compacto emplacou a canção "A Partida". O primeiro e único Lp do grupo intitulado "A Juventude" foi lançado em fevereiro de 1967. No repertório, temas do rock internacional. Com o fim da Jovem Guarda, a gravadora decidiu investir na carreira-solo de Antonio Marcos, enquanto seu irmão passou a integrar o grupo Os Caçulas.

O êxito maior aconteceu após iniciar carreira com a música "Tenho um amor melhor que o seu", composta por Roberto Carlos. A partir daí, seguiram-se outros sucessos, como "Oração de um jovem triste" (Alberto Luís) e "Como vai você" (criada em parceria com o irmão Mário Marcos). Foi lançado no cinema por J. B. Tanko, no filme "Pais quadrados... filhos avançados" (1970), participando também de "Som, amor e curtição" (1972) e de outros, além de atuar em peças teatrais, como 'Arena conta Zumbi" (Teatro de Arena, direção de Augusto Boal, 1969) e "Hair" (Teatro Aquarius, direção de Altair Lima, 1970).

Foi casado com a cantora Vanusa, com quem teve duas filhas, Amanda e Aretha. Atingiu seu maior sucesso em 1973, com "O homem de Nazaré" (Cláudio Fontana). Um de seus últimos sucessos foi a canção-tema de "O Profeta", telenovela da extinta TV Tupi, na qual participava sua futura esposa Débora Duarte. Já casado com a atriz, com quem teve a filha Paloma Duarte, participaria com ela da telenovela da TV Bandeirantes, "Cara a Cara", na qual também interpretava a canção-tema. Faleceu em 5 de abril de 1992, de parada cardíaca, devido a "insuficiência hepática fulminante".

Lado A – El hombre de Nazaret (Cláudio Fontana – versão: Maria Lozov)
Lado B – Primavera del adios (Alberto Luiz – Marcos Durães – versão: Maria Lozov)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ronnie Cord canta para o carnaval de 1970

Último disco do cantor de "Rua Augusta" foi lançado em 1969 pela gravadora Equipe

Este é o último disco de Ronnie Cord, que iniciou carreira na gravadora Copacabana, conforme foto ilustrativa abaixo. Sua despedida do vinil foi pela Equipe, em 1969, como artista gentilmente cedido pela RCA Victor, por quem era contratado. O cantor e compositor, que tanto sucesso fez com rocks e baladas, encerrou a carreira em ritmo de marchinha para o Carnaval de 1970. Abandonou a carreira no início da década de 1970, embora participasse esporadicamente de shows de pioneiros do rock brasileiro.

O lado A traz “Um brinde à lua”, composta pelo pai Hervê Cordovil, provavelmente inspirado pela chegada do homem na lua em 20 de julho daquele ano. Hervê foi o responsável pelos arranjos e direção desta música. O maestro também compôs, em parceria com Manoel Vitório, a marcha “Mulher e meia”, incluída no outro lado do compacto simples. Desta vez, a direção e os arranjos são do maestro Peruzzi. Confira e caia na folia:


01 - Um brinde à lua
(Hervê Cordovil)
02 - Mulher e meia
(Hervê Cordovil – Manoel Vitório)



Ronnie Cord - Singles & Raridades

Ronnie Cord, um dos precursores do rock brasileiro, atuou durante todo os anos 60

Ronnie Cord (Ronald Cordovil), cantor e compositor, certamente é um dos personagens de destaque no livro citado na postagem anterior, pois é um dos pioneiros do rock brasileiro ao lado de nomes como Tony Campello, Sérgio Murilo, Demétrius, Carlos Gonzaga e outros. Esta coletânea contempla as gravações lançadas em discos 78 RPM e compactos simples e duplos ao longo da carreira que se estendeu durante todo os anos 1960. São registros não incluídos nos quatro álbuns que lançou, sendo três pela Copacabana e um pela RCA Victor. A exceção é a última faixa, Rua Augusta, seu maior sucesso e título do LP da RCA.

Ele nasceu na cidade mineira de Manhuaçu em 22 de janeiro de 1943. Filho do maestro e compositor Hervê Cordovil, Ronnie começou a aprender violão aos seis anos, revelando o dote musical da família, já que os irmãos Norman e Maria Regina também cantavam. Em 1959 fez um teste na Copacabana Discos, no Rio de Janeiro e, no ano seguinte, realizou sua primeira gravação, lançada em LP que reunia vários outros cantores da gravadora. Ainda em 1960, gravou o primeiro disco individual, um 78 rpm, com "Pretty Blue Eyes" (Teddy Randazy) e "You're Knochin'me Out" (Neil Sedaka e H. Greenfieid).

O grande sucesso no início de carreira foi com outra música norte-americana, "Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polkadot Bikini"(Lee Pockriss e Paul Vance), com a qual se manteve, durante seis meses, em primeiro lugar nas paradas de sucesso, e que lhe valeu o troféu Chico Viola do ano. Em 1961 estreou como compositor lançando "Sandy", pela Copacabana. Com "Rua Augusta" (Hervé Cordovil), lançada pela RCA Victor, recebeu vários troféus em 1964 e 1965, e é considerada até hoje um dos ícones do rock brasileiro. Ainda em 1965 fez muito sucesso com a versão "Biquini de bolinha amarelinha" (seu sucesso de 1960 em versão de Hervê Cordovil), gravada também na RCA Victor.

Por essa época, atuou em televisão e rádio, no Rio de Janeiro e São Paulo, inclusive no programa Jovem Guarda, da TV Record, do qual participou como contratado nos anos de 1965 e 1966. A partir daí, gravou alguns singles – um dos quais pela Polydor e outro pela Equipe, seu último registro em vinil no ano de 1969. Este compacto será postado em seguida porque não coube nesta coletânea. Abandonou a carreira no início da década de 1970, embora participasse esporadicamente de shows de pioneiros do rock brasileiro. Morreu em 6 de janeiro de 1986, aos 42 anos, vitima de câncer no pulmão.

01. 1960 - Você me venceu (You're knockin'me out)
02. 1960 - Pretty blue eyes
03. 1960 - Teen angel
04. 1960 - Oh Carol
05. 1961 - Dream'in
06. 1961 - Look for star
07. 1961 - Bat masterson
08. 1962 - Parabéns 15 anos
09. 1962 - Rapaz do banjo (Banjo boy)
10. 1962 - Pera madura
11. 1962 - Brotinho de pulover
12. 1963 - Rosa meu amor
13. 1963 - Sandy
14. 1964 - Boliche legal
15. 1965 - Amor perdoa-me
16. 1965 - Eu vou à praia
17. 1965 - A força do destino
18. 1965 - Giorno grigio
19. 1966 - Eu, a noite e ninguém
20. 1966 - Disco voador
21. 1967 - Só eu e você
22. 1967 - Felizes juntinhos
23. 1968 - O jogo do Simão
24. 1968 - Se você gosta
25. 1968 - Sonho de amor (Dueto com Cleide Alves)
26. 1968 - Por ser jovem demais
27. 1968 - Sou louco por você
28. 1969 - M... de mulher
29. 1969 - Eu te daria minha vida
30. 1964 - Rua Augusta

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Livro resgata primeira década do rock brasileiro

Thiago de Menezes é autor do livro “Celly Campello – A Rainha dos Anos Dourados”

“Os pioneiros do rock’n’roll brasileiro – Evolução da música jovem no Brasil – Período 1955 – 1965” é o título do livro que será lançado em São Paulo no próximo 20 de outubro, a partir das 18h30, na Livraria Martins Fontes, situada na avenida Paulista, 509. A obra, sob a tutela da Editora All Print SP, é do escritor e jornalista paulista Thiago de Menezes, autor de “Celly Campello – A Rainha dos Anos Dourados” e “A Verdadeira Luz del Fuego”, entre outros. Foi ele quem enviou este convite por e-mail. Decidi postá-lo por achar pertinente ao perfil dos amigos internautas.

Menezes é colecionador de discos raros e revistas. Traz em sua bagagem profissional uma série de entrevistas para programas de TV e Rádio. “Agora, diretamente de seu precioso arquivo jornalístico e fonográfico, trazemos a lume esta obra que inclui raros temas dos primórdios do rock brasileiro. Será objeto de pesquisa para as novas gerações que desejarem conhecer a verdadeira evolução da música jovem no Brasil”, declara a jornalista Baby Garroux no press release que acompanha o convite de lançamento da obra.

A julgar pelo título, tudo indica que o ponto de partida do livro é a gravação do primeiro rock no Brasil em 1955 pela saudosa Nora Ney (20/03/1922 – 28/10/2003), até então conhecida intérprete de sambas de fossa, como “Ninguém me ama” e “De cigarro em cigarro”. Ela gravou em novembro pela gravadora Continental a música “Rock Around the Clock”, sucesso do Bill Harley e seus Cometas. A canção – postada neste blog em 13 de julho último em comemoração ao Dia Mundial do Rock - foi gravada na letra original, mas o título foi transformado em “Rondas da hora”. A artista entrou para a história com este registro que, por ironia do destino, foi o único rock do seu vasto repertório, mas abriu as portas para o início dos chamados Anos Dourados no Brasil.

Norman Cord - Antologia (1963 - 1966)

Norman Cord, irmão do saudoso Ronnie Cord, gravou poucos discos durante os anos 1960

Norman Cord... Quem é?

Infelizmente, nem eu posso responder. A única informação que tenho é que se trata do irmão do saudoso Ronnie Cord (22/01/1943 – 06/01/1986), um dos pioneiros do rock brasileiro e que fez muito sucesso na época da Jovem Guarda com as músicas “Rua Augusta” e “Biquini de bolinha amarelinha tão pequenininho”. Ambos são filhos do maestro e compositor Hervê Cordovil e irmãos da cantora Maria Regina que, em 1961, aos quatro anos, ficou conhecida como a “menor cantora do mundo” ao gravar o seu primeiro disco.

Norman também é compositor e gravou, ao que tudo indica, três discos – dois compactos simples e um duplo – em sua fase solo entre 1963 e 1965. Em 1966, o artista formou a dupla “Os Cords” com o irmão Ronnie, gravando um compacto simples e um duplo com relativa repercussão. No repertório, destaque para músicas dos Beatles, The Rokes e Mamas and Papas. Desde então, desapareceu de cena.

Vale lembrar que Norman muitas vezes é confundido com outro cantor, da dupla Norma e Norman, lançada em 1967, aproveitando o sucesso de Leno e Lílian na Jovem Guarda. Os dois, na verdade, são irmãos da cantora Nalva Aguiar, e gravaram apenas dois singles, um pela RCA Victor - mesma gravadora de Os Cords - e outro pela Beverly. Eu também achava que se tratava do mesmo cantor, mas o esclarecimento veio pelos amigos Juarez e Célio, da comunidade MC&JG, a quem agradeço publicamente.

Ficarei igualmente agradecido se alguém puder adicionar mais informações sobre o Norman, irmão do Ronnie. O espaço está aberto para todos. Enquanto isso, curta esta antologia:

01. Multiplicação (Multiplication) - (Bobby Darin)
02. Eu estou com você (A. Avelyn - Nazareno de Brito)
03. Se (Renê Cordovil)
04. Doce amor (Siger love) - (Roy Orbison - Joe Nelson - Norman Cordovil)
05. Samba das duas cordinhas (Norman Cordovil)
06. Não sei qual o seu nome (Norman Cordovil - Nilton Rado)
07. Pergunte a mim (Norman Cordovil)
08. A estória da maçã (Norman Cordovil)
09. O escândalo em família (Shame and scandal in the family) - Os Cords
.... (H.Donaldson - S.H.Brown - Fred Jorge)
10. Escuta no vento (Shapiro - Bardotti - H. Norman) - Os Cords
11. Todo meu amor (All my loving) (Lennon - McCartney - Fred Jorge) - Os Cords
12. Há uma estranha expressão nos teus olhos (C'E una strana espressione nei tuoi occhi) - Os Cords (Sherman - Shapiro - A. Mojica)
13. Girl (Lennon - McCartney) - Os Cords
14. Dia lindo (Monday, monday) (J.Phillips - Norman Cordovil) - Os Cords

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Jorge Mautner - Singles e Raridades

Coletânea inclui "Lenda do Pégaso", exclusiva do filme "O olho mágico do amor", de 1981

Logo após a postagem do primeiro disco de Jorge Mautner (veja abaixo), o amigo Tito, do blog Suco de Sulcos, me enviou a presente coletânea, a quem deixo aqui registrado o meu agradecimento. Fã do cantor, compositor e escritor, Tito é daqueles que procura ter tudo relacionado ao artista. Um exemplo é a faixa “Lenda do Pégaso”, que ele ripou do filme “O olho mágico do amor”, de 1981, no qual canta – acompanhado ao violão pelo eterno parceiro Nelson Jacobina - em dueto com a atriz e cantora Tânia Alves. Trata-se de registro inédito, exclusivo para o filme dirigido por José Antonio Garcia e Ícaro Martins, sendo que a música ficou conhecida na voz de Moraes Moreira.
A coletânea inclui “Não, não, não”, do single postado anteriormente, mas a versão aqui apresentada está remasterizada. Foi relançada no CD duplo “O ser da tempestade”, de 1999. Além disso, a postagem traz alguns registros interessantes, como “Jambalaya (On the bayou)” e “Orquidea negra” (com Celso Sim) extraídas da TV. Merecem destaque as faixas “Bem te viu”, terceira colocada no Festival Abertura, da Rede Globo, em 1975, e “Rock da barata”, gravada ao vivo no Phono 73, festival realizado em Sampa no Palácio de Convenções do Anhembi, entre 11 e 13 de maio de 1973, com todo o elenco da Phonogram, hoje Universal. No ano anterior, Mautner lançou o primeiro e cultuado álbum, “Para Iluminar a Cidade”, pelo selo Pirata, da Polygram. Devido ao preço mais baixo que o de mercado, as lojas o boicotaram e o disco foi retirado de circulação.

A boa notícia é que Mautner pretende celebrar os 40 anos do disco, reunindo seus trabalhos musicais numa caixa de CDs em 2012. Vale lembrar que “Para iluminar a cidade” já foi lançado em CD em 2002. Na Philips, ainda gravou “Jorge Mautner” (1974) e “Mil e Uma Noites de Badgá” (1976). Depois vieram Bomba de Estrelas (1981), produzido por Chico Neves e Liminha, na Warner, e "Antimaldito" (1988) pela Polygram. Ainda gravou "Árvore da Vida" (com Nelson Jacobina), pelo selo Geleia Geral, de Gilberto Gil, em 1988. Mautner - que festejou seu 70º aniversário em janeiro último - lançou outros álbuns, entre os quais “Eu não peço desculpas” (2002) em dupla com Caetano Veloso e "Coisa de Jorge" (2007), que reuniu alguns Jorges da música brasileira (Vercilo, Benjor, Mautner e Aragão) em homenagem a São Jorge.

01. Relaxa, meu bem, relaxa
02. Planeta dos macacos
03. Bem te viu
04. Não, não, não (com The Vikings)
05. Não vá se perder por aí (com Gilberto Gil)
06. Filho predileto de Xangô
07. O boi
08. Andar com fé (com Nelson Jacobina)
09. Pra repousar (com Eustáquio Sena)
10. Balaio grande (com Nelson Jacobina)
11. Leva meu samba (com Metrô)
12. Jambalaya (On the bayou) - (com Nelson Jacobina)
13. Orquídea negra (com Zé Ramalho)
14. Rock da barata
15. Samba dos animais (com Nelson Jacobina)
16. Todo errado (com Caetano Veloso)
17. Manjar de reis (com Caetano Veloso)
18. O vampiro (com Nelson Jacobina)
19. Lenda do Pégaso (com Tania Alves & Nelson Jacobina)
20. Orquídea negra (com Nelson Jacobina & Celso Sim)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Jorge Mautner: Radioatividade (single de 1966)

Nelson Jacobina e Jorge Mautner no show "Negros Blues", de 1977, em São Leopoldo

Recebi pedido deste primeiro disco do Jorge Mautner, single gravado em 1965 e lançado no ano seguinte pela RCA Victor, com “Radioatividade” no lado A e “Não, não, não”, no B, de George Mautner, como consta no selo. As duas gravações que disponho foram compradas no Mercado Livre (ML). Lá, adquiri intes como discos, CDs, livros e músicas em mp3. A perigrinação pelo ML foi legal porque conheci o Tito, hoje dono do blog Suco de Sulcos, com quem troquei inúmeros títulos nacionais e internacionais. O correio era ainda o melhor meio de transporte para os arquivos mp3 gravados em CD e, no finalzinho, em DVDs.

Procurei fotos e referências sobre este single na web e encontrei as imagens dos lados A e B no Mercado Livre, onde um vendedor o oferece por R$ 349,00. Também achei no meu baú duas fotos que tirei do Mautner e Nelson Jacobina no show “Negros Blues” em 5 de setembro de 1977, lá em São Leopoldo (RS), onde participei com colegas da faculdade de um congresso de comunicação. Assisti, em meados dos anos 80, outra apresentação da dupla no Projeto Seis e Meia, no Senac-SP, e dei minhas fotos do show ao Mautner. As duas que tenho são as que ilustram a postagem.

Ainda encontrei outra fonte legal no site do cantor, compositor e escritor. Nele, Mautner faz o seguinte relato:

“Em 1965, eu gravei um compacto pela RCA-Victor, com a produção de Moracy Do Val, e acompanhado pelo grupo de folk-rock The Vikings (eram dois irmãos que cantavam músicas deles e dos Everly Brothers). Este disco, juntamente com o livro Vigarista Jorge, motivaram a incursão do meu nome na Lei de Segurança Nacional. Dois meses depois de lançado o compacto, cronistas de jornais, inclusive pelo falecido Sergio Bittencourt, filho do Jacob do Bandolim, e que era, junto com Nelson Motta, juri do Flávio Cavalcanti, denunciaram tanto ele como o meu livro como perigosa subversão trotzkista. Apesar disso, por ocasião da minha volta do exílio em 1971, fui encontrar Sergio Bittencourt, eu o perdoei, ele também, e nos abraçamos. A faixa "Radioatividade", que fala sobre a Terceira Guerra Mundial e da bomba atômica, causava muita estranheza pela sua temática, até por pessoas geniais e bem-pensantes, como Nara Leão, que disse a respeito: "o que tem o Brasil a ver com a bomba atômica?"

No site, ainda informa que, após a inclusão do seu nome na Lei de Segurança Nacional, se exilou nos Estados Unidos. Lá, começou a trabalhar na Unesco. Como bico, Jorge traduzia obras brasileiras para o inglês e dava palestras sobre estes livros para a Sociedade Interamericana de Literatura, situada na Park Avenue, num casarão que havia sido a sede da Embaixada Soviética. Recebendo 20 dólares por livro, Jorge leu e traduziu muito nesta época, produzindo por semana vários relatórios em inglês sobre publicações da literatura brasileira.

Confirma agora este polêmico disco:

Lado A – Radioatividade (George Mautner)
Lado B – Não, não, não (George Mautner)

Download aqui

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Roberto Carlos ao vivo em Jerusalém

Show do rei Roberto Carlos em Jerusalém foi gravado no dia 7 de setembro de 2011

Informo aos amigos que preparei para a minha coleção um CD duplo do show que Roberto Carlos apresentou em Jerusalém no último 7 de setembro. Por se tratar de um produto ainda não lançado comercialmente, achei por bem não disponibilizá-lo diretamente no blog. Os amigos interessados poderão solicitar o link para download por e-mail. Terei o maior prazer em atender. Neste show, transmitido pela Rede Globo no último sábado, dia 10, o cantor foi aclamado por um público superior a cinco mil pessoas.

O espetáculo, com uma orquestra de 20 músicos, aconteceu nas Piscinas do Sultão, um espaço aberto aos pés da antiga cidadela amuralhada, durante uma visita a Israel e um projeto chamado "Emoções em Jerusalém". Em um impressionante palco no qual recriaram o Domo da Rocha com sua conhecida cúpula dourada, o Muro das Lamentações, algumas das igrejas mais significativas de Jerusalém e uma oliveira no centro, Roberto Carlos apresentou um por um os sucessos que o transformaram em um dos cantores brasileiros e latinos com maior projeção internacional. Confira o repertório:

CD 01

01 - Introdução
02 - Emoções
03 - Além do Horizonte
04 - Como Vai Você
05 - Como é Grande O Meu Amor Por Você
06 - Detalhes
07 - Outra Vez
08 - Eu Sei Que Vou Te Amar
09 - Pensamentos
10 - Ave Maria

CD 02

01 - Lady Laura
02 - Pout-pourri (Olha - Proposta - Falando Sério - Desabafo)
03 - Unforgettable
04 - Eu Quero Apenas
05 - O Portão
06 - Caruso (Te Voglio Bene Assai)
07 - Jerusalém de Ouro
08 - A Montanha
09 - É preciso saber viver
10 - Jesus Cristo

sábado, 10 de setembro de 2011

O incrível Manito (homenagem póstuma)

Manito desfila talento neste LP em que executa instrumentos como sax, órgão e piano

Ontem à noite, quando cheguei em casa, entrei na página da Comunidade MC&JG e fiquei chocado com a informação dada pelo RStone – criador da comunidade no Orkut – sobre o falecimento do Manito, saxofonista da banda Os Incríveis e um dos músicos mais virtuosos da Jovem Guarda. A notícia me pegou de surpresa, pois nem sabia que o mesmo se encontrava enfermo. Ainda recentemente ouvi o CD “Toque de amor”, segundo trabalho solo do artista, lançado pela RGE em 1998 e relançado em 2009. Eu, admirador do seu talento e da banda Os Incríveis, achei que deveria prestar um tributo, e decidi postar este seu primeiro disco solo, apropriadamente intitulado “O incrível Manito”, de 1970.

Este disco não é raro e já foi postado em outros blogs. Entendo, porém, que este álbum sintetiza um pouco do seu talento e serve de referência para que as novas gerações o conheçam melhor. Nele, o músico mostra toda a sua versatilidade e executa com maestria vários instrumentos, como sax, órgão e piano. A contracapa do disco informa que “foi escolhida para este LP uma seleção de músicas que foram enriquecidas pelos arranjos do maestro Chico de Moraes e ainda com a participação vocal de Dom, componente da dupla Dom & Ravel, na página já clássica do nosso cancioneiro “Na baixa do sapateiro”, de Ary Barroso. Nas músicas “Shake, Rattle & Roll”, “Judge Baby, I'm Back” e “The Funky Judge”, as vocalizações são de Carlinhos e Haroldo, respectivamente, componentes do conjunto “Som Beat”.

Manito faleceu nesta sexta-feira, 9 de setembro de 2011, em casa, na capital paulista, vítima de um câncer na laringe, contra o qual lutava desde 2006. O corpo foi enterrado na tarde deste sábado, 10, no Cemitério Horto Florestal, na Zona Norte de São Paulo. "Ele foi para o outro lado porque estava sofrendo muito. Eu acompanhei toda a trajetória, foi muito difícil para ele. Graças a Deus, ele se foi. É muito chato isso, um grande amigo, perdi um grande cara, é muito difícil. Mas venho chorando faz tempo de vê-lo definhando. Mas, graças a Deus, ele vai lá para cima", disse Lívio Benvenuti Júnior, o Nenê, de "Os Incríveis".

Antonio Rosa Sanches, seu verdadeiro nome, nasceu no dia 3 de abril de 1943 em Vigo, Ponte Vedra (Galícia), Espanha, e desde pequeno revelou sua inclinação para a música, tocando até sanfona. Formou em 1962 a banda The Clevers, constituída - além dele no sax - por Netinho (bateria), Mingo (guitarra-base), Risonho (guitarra-solo) e Nenê (baixo). O grupo foi inspirado nos conjuntos instrumentais norte-americanos, muito populares na época, como The Ventures e The Shadows. Porém, aos poucos, foram introduzindo músicas cantadas, interpretadas pelo Mingo, que tinha uma boa voz e chegou até a gravar isoladamente.

Em 1965, devido a desentendimentos com o empresário da banda, Antonio Aguilar, mudaram o nome do grupo para ''Os Incríveis". Em 1966, seguindo a rota dos Beatles, que investiam no cinema, participaram do filme "Os Incríveis neste mundo louco", lançado em circuito nacional no ano seguinte. Durante os 4 anos que se seguiram, o grupo lançou vários compactos e álbuns de enorme sucesso. Músicas como "O milionário", "Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones", "O vendedor de bananas", "Eu te mo meu Brasil" e outras atingiram os primeiros lugares nas paradas de sucesso.

Em meados de 1970, após lançar o presente álbum, Manito deixou a banda e formou o grupo de rock progressivo "Som Nosso De Cada Dia", juntamente com Pedrão (viola, baixo e vocal), Pedrinho (bateria e vocal) e Marcinha (coro). No ano de 1973, foi convidado por Sérgio Dias para assumir o posto de tecladista dos "Mutantes", no lugar de Arnaldo Baptista. Após algumas semanas, o próprio Manito, da forma mais amigável possível, resolveu abandonar a banda e voltar ao "Som Nosso De Cada Dia". Em 1974, a banda lançou o clássico álbum "Snegs", considerado um dos melhores do rock progressivo nacional.

No ano de 1975, Manito resolveu sair novamente do grupo e por um bom tempo ficou fora do cenário musical. Em 1980, reapareceu com o grupo de funk-blues-rock "Funk-Mora", sumindo logo depois, apesar de trabalhos esporádicos com Zé Ramalho, Rita Lee, Wanderléa e outros. Em 1994, lançou com o "Som Nosso De Cada Dia" o álbum "Live 94". Mesmo assim, Manito nunca se afastou dos amigos de Os Incríveis, e em 1995 se reuniram para participar do projeto "30 Anos De Jovem Guarda". Mesmo após o fim do projeto, a banda decidiu não parar e desde então cumpriu uma extensa agenda de shows por todo o Brasil.

Foi-se o artista, mas permanece pra sempre o seu talento e sua obra. Confira:

01 - Na baixa do sapateiro – vocal: Dom
02 - Shake, Rattle & Roll – vocal: Carlinhos
03 - Kool & The Gang
04 - The Funky Judge – vocal: Haroldo
05 - Bailamos Boogaloo
06 - Sock It To' Em J.B
07 - Samuray
08 - Judge Baby, I'm Back – vocal: Carlinhos
09 - Tucks Theme
10 - Raindrops Keep Fallin' On My Head
11 - The Gangs Back Again
12 - You've Made Me So Very Happy

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Rita Lee y Roberto de Carvalho: Baila conmigo

Álbum lançado nos EUA, Europa e Japão em 1983 traz 10 hits gravados em espanhol

Dez sucessos de Rita Lee, com versões em espanhol, compõem este disco inédito no Brasil e lançado em 1983 no Japão, Estados Unidos e Europa. As gravações presentes nesta postagem foram retiradas de uma fita cassete japonesa. A qualidade do áudio é muito boa e vale a pena ouvir. A capa do álbum é a mesma de um compacto simples de 45 RPM, lançado na Espanha, razão pela qual optei por ela nesta postagem, pois a da fita cassete não está boa.
Os selos deste raro compacto estão arquivados numa pasta que acompanha esta postagem, pois sei que são objetos de desejo dos fãs e colecionadores de discos da cantora e compositora.

Rita Lee é paulista e cresceu no bairro da Vila Mariana. Foi educada no colégio francês paulistano Liceu Pasteur, e hoje fala fluentemente inglês, francês, espanhol e italiano. Durante a infância, teve aulas de piano com a musicista clássica Magdalena Tagliaferro. Na adolescência começa a se apresentar em colégios como componente do Tulio's trio. Em 1963, forma um conjunto com mais duas garotas, as Teenage Singers, que participam de shows e de festas colegiais. No ano seguinte elas conhecem um trio masculino, Wooden faces. Os dois grupos se juntam, formando o Six Sided Rockers, banda que depois se chamará O'Seis, que chega a gravar um compacto com duas músicas. Com a saída de três componentes, sobram Rita, Arnaldo e Sérgio que passam a se chamar Os Bruxos. Por sugestão de Ronnie Von, o grupo passou a chamar-se Os Mutantes.

O grupo ganha notoriedade a partir de 1967, quando acompanha Gilberto Gil no III Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), na apresentação da canção antológica “Domingo no Parque”. Rita gravou seis discos com a banda, entre 1968 e 1972, e foi casada com o companheiro de banda, Arnaldo (o divórcio seria assinado somente em 1977). Rita gravou dois discos-solo, acompanhada dos componentes dos Mutantes. Build up (1970), que trouxe seu primeiro hit solo, José (versão de Nara Leão para o hino francês "Joseph") e Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida (1972). Rita sai dos Mutantes neste mesmo ano. A consagração nacional viria em 1975 com o disco Fruto Proibido, lançado pela Som Livre, com vários sucessos como “Agora só falta você”, “Esse tal de roque enrow” e especialmente “Ovelha negra”. O resto é história que todos conhecem.

01 - Baila conmigo
02 - No se olvidarte
03 - Atlantida
04 - Pide mas
05 - Caso serio
06 - Mania de ti
07 - Dulce vampiro
08 - Baño de espuma
09 - Corre corre
10 - Lanza perfume

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

v.a. - Eles & Elas cantam em português

Coletânea apresenta artistas internacionais interpretando canções em português

Brasileiros cantando em inglês não são novidades pra ninguém, apesar de muita gente torcer o nariz devido ao sotaque da maioria dos nossos artistas. Afinal, interpretar em outro idioma que não seja o de batismo não é tarefa tão simples como possa parecer, principalmente para quem não domina a língua.
No entanto, a recíproca também é verdadeira, pois muitos artistas internacionais, fascinados pela música brasileira – em especial a Bossa Nova – se aventuraram a cantar em português. Prova disso é a presente coletânea, formada em sua maioria por faixas baixadas na web, em que eles desfilam a sua forma brasileira de cantar.

Nota-se que os nascidos em países cujo idioma é de origem latina, obviamente, levam a melhor. Cantores como Rick Martin, Rita Pavone, Laura Pausini, Julio Iglesias, Miguel Bosé, Shakira e até a atriz francesa Brigitte Bardot conseguem transmitir boa parte das palavras com relativa facilidade. A sul-africana Miriam Makeba, famosa no Brasil pelo hit “Pata pata”, canta bem com seu sotaque carregado. Miriam tem outras duas músicas no repertório gravadas em português: “Mas que nada” e “Xica da Silva”, ambas de Jorge Benjor.

Outros, como o norte-americano David Lee Roth, famoso como vocalista da banda Van Halen, e o inglês Sting (ex-vocalista do The Police) escorregam feio no português e pouco do que cantam é compreensível aos nossos ouvidos. Pra quem não sabe, a música "Take saravá", interpretada por David Lee Roth, foi originalmente gravada pela brasileira Silvia Torres.

Alguns chegam a surpreender, como George Michael, que certamente teve a assessoria da Astrud Gilberto na hora de gravar “Desafinado” em dueto com a brasileira. Surpreendente mesmo é a japonesa Yoshimi Katayama interpretando o chorinho “Tico-tico no fubá”, de Zequinha de Abreu, incluído em 2008 no CD “Eu canto choros”, inédito no Brasil e inteiramente em português. Estudou o idioma no Japão e veio ao Brasil pra gravar com a rainha do chorinho Ademilde Fonseca a música "Fala baixinho”, incluída no álbum. No ano passado, Yoshimi apresentou show em Tókio para homenagear o centenário de nascimento da Carmen Miranda, interpretando mais de 20 músicas do repertório da Pequena Notável. Agora é curtir a coletânea e constatar quem você consegue entender melhor o que eles e elas cantam em português:

01 - Brigitte Bardot - Maria Ninguém
02 - George Michael and Astrud Gilberto - Desafinado
03 - Rita Pavone - Garota de Ipanema
04 - Damien Rice and Lisa Hannigan - Águas de março
05 - Nat King Cole - Suas mãos
06 - Johnny Mathis - Corcovado
07 - Björk - Travessia
08 - Sting - Frágil
09 - Everything But the Girl - Corcovado
10 - Yoshimi Katayama - Tico tico no fubá
11 - David Lee Roth - Take saravá
12 - Shakira - Estou aqui
13 - Miriam Makeba - Maria Fulô
14 - Miguel Bosé and Frenéticas - Tutti Frutti
15 - RBD - Esse coração
16 - Ricky Martin - Te quero, te esqueço, te amo
17 - Julio Iglesias - Por ela (Por ella)
18 - Laura Pausini - Inesquecivel
19 - Beyoncé - Perfeição existe (live)
20 - Belle and Sebastian - A minha menina (live)

domingo, 4 de setembro de 2011

v.a. - Jovem Guarda na era Disco Music

Vários artistas da Jovem Guarda embarcaram na "onda" da discothèque nos anos 1970

Aqui está uma coletânea curiosa. Traz artistas que passaram pela Jovem Guarda e embarcaram, talvez por imposição das gravadoras, pela Disco Music ou Discothèque, como muitos preferem. Trata-se de gênero musical cuja popularidade atingiu o pico na segunda metade dos anos 1970. O filme "Saturday Night Fever" (Os embalos de sábado à noite) contribuiu para o aumento da popularidade da disco music. Segundo a Wikipedia, a Disco Music teve suas raízes nos clubes de dança voltados para negros, latino-americanos, gays e apreciadores de música psicodélica, além de outras comunidades na cidade de Nova York e Filadélfia durante os anos 1970.

O estilo é conhecido por ser o primeiro abraçado por casas de dança, denominados "discotecas" e posteriormentes apenas clubes. As principais influências musicais incluem o funk, a música latina, psicodélica e o soul music. Arranjos de música clássica como acompanhamento são frequentes no estilo, criando um som cheio de colcheias e fusas mas ao mesmo tempo muito repetitivo. A introdução de arranjos orquestrais é uma herança do som da Motown. As linhas de baixo elétrico vindo do funk, e os cantores geralmente preferiam cantar em falsete. Na maioria das faixas de disco, cordas, metais, pianos elétricos e guitarras criam um som de fundo luxuriante. Ao contrário do rock, guitarra é raramente usada em solos.

Nos anos 1970 os mais famosos artistas da era disco foram Donna Summer, Bee Gees, Tina Charles, KC and the Sunshine Band, ABBA e Chic, entre outros. Summer se tornaria a primeira artista de disco popular, dando-lhe o título de "Rainha do Disco", e também desempenhou um papel pioneiro no som da eletrônica, que mais tarde tornou-se uma parte da disco. Embora os artistas tenham acumulado a maior parte da atenção pública, os produtores por trás das cenas tiveram um papel importante na música disco, já que muitas vezes escreviam canções e criavam sons inovadores.

Durante o início da década de 1980, a disco music começou a sofrer preconceito nos EUA que criticavam as danças, e os amantes do estilo que eram minorias na sociedade como negros, mulheres e homossexuais. A música disco da década foi apelidada de Pós-Disco, e o rock votou a dominar as paradas estado-unidenses. Apesar da queda da popularidade nos Estados Unidos, a disco music continuou a fazer sucesso no mundo todo durante toda a década de 1980 até evoluir para os derivados de música dance/eletrônica populares nas décadas seguintes. Confira a performance dos brasileiros:

01 - 1979 - The Fevers - A festa começou
02 - 1976 - Os Carbonos - Paraíba
03 - 1979 - Renato e seus Blue Caps - Aperta
04 - 1978 - Rosemary - Sem saber eu fui feliz
05 - 1979 - Os Incríveis - O amor nasceu (Born to be alive)
06 - 1977 - Sylvinha Araújo - Algo de novo no ar
07 - 1979 - Nilton Cesar - Onde estás agora
08 - 1978 - Celma e Célia - Vem quente que eu estou fervendo
09 - 1979 - Wanderley Cardoso - Conflitos
10 - 1978 - Adriana - Meu futuro
11 - 1978 - Fábio – Venha
12 - 1977 - Superbacanas - Com muito amor e carinho
13 - 1979 - Ronaldo Corrêa - Uma noite na discoteca da moda
14 - 1978 - Golden Boys - Jeitinho carinhoso (Melo da bochecha)
15 - 1979 - Joelma - Pode entrar
16 - 1977 - Jerry Adriany - Uma luz
17 - 1978 - Claudio Fontana - Marido infiel
18 - 1976 - Rosa Maria - Esqueça (Forget Him)
19 - 1977 - Ed Carlos - Estou feliz (Puppet on a string)
20 - 1979 - The Fevers - Eu sou mais eu (Y.M.C.A.)

Download aqui